“Euuu parado no bailão. No bailão”. Ao som de um antigo hit de funk brasileiro, jogadores do Central Córdoba celebraram a vitória sobre o Flamengo na Libertadores, por 2 a 1, nesta quarta-feira, dando fim a uma invencibilidade de 27 jogos mantida por Filipe Luís (veja no vídeo acima).
O funk, da autoria dos MCs L Da Vinte e Gury, e a coreografia viralizaram em 2019, através de Neymar.

Após a partida, o técnico Omar De Felippe, que comanda a equipe estreante na competição, contou a dificuldade que teve em enfrentar o Flamengo no Maracanã e ressaltou a resistência dos jogadores para segurar a pressão do time carioca.
— É histórico para nós ganhar neste estádio. Sabíamos o rival que iríamos enfrentar, tínhamos que jogar bem contra jogadores impressionantes, mas sabia que eles (atletas do Córdoba) não iriam se entregar. Não temos os valores do Flamengo e nem as individualidades, mas temos muito coração. Acredito que respondemos muito bem, lutamos com o que tínhamos. Sabíamos que precisávamos conter eles e resistir. Resistir para vencer, foi o que meus jogadores fizeram e por isso conseguimos a vitória — disse De Felippe em coletiva após o jogo.
Essa foi a primeira vitória do Central Córdoba na Libertadores, já que o clube argentino empatou em 0 a 0 com a LDU na primeira rodada e nunca tinha disputado uma competição internacional antes. Com o resultado desta quarta, o time passa o Flamengo e vai à liderança do Grupo C, com quatro pontos. A equipe carioca fica em segundo, com três somados.
— Não acho que eles (Flamengo) nos subestimaram. Acho que fomos inteligente de não deixar eles chegarem ao gol. Os atacantes deles tem muita velocidade, muitas linhas de passe. Começamos o jogo sem conseguir executar tudo que queríamos, mas eu tentava falar com os jogadores e não conseguia falar pelo barulho. Não estamos acostumados a jogar com 53 mil pessoas. No segundo tempo, conseguimos nos acostumar melhor — comentou o treinador.
— Quando vimos o sorteio, eu disse que gostaria de não jogar com um brasileiro e que as viagens não fossem longas. O plantel não é muito grande, tivemos muitas baixas por lesão. É histórico para nós ganhar neste estádio. O mais importante era pegar a bola deles, nossos jogadores correram muito para conseguir manter nosso jogo. Sabíamos que teríamos que ter precisão para atacar e não podíamos errar passes quando recuperávamos a bola. São três pontos que não vamos esquecer — concluiu Omar De Felippe.