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Outros dois filhos de mulher linchada até morte na Cidade do Povo viram a mãe morrer, diz MPAC

O caso de Yara Paulino da Silva, de 28 anos, morta em Rio Branco na tarde de segunda-feira (24), segue sendo investigado. A acusação de que ela teria matado a própria filha de 2 meses gerou uma onda de violência, e membros de uma facção criminosa são apontados como responsáveis pelo crime. Durante o ato, os dois outros filhos de Yara, com idades de 10 e 2 anos, presenciaram a brutalidade e estão sendo acompanhados por profissionais de psicologia e assistência social.

Durante o ato, os dois outros filhos de Yara, com idades de 10 e 2 anos, presenciaram a brutalidade / Foto: cedida

De acordo com o Ministério Público do Acre (MP-AC), as crianças estão sob os cuidados de uma irmã de Yara, que também vive no Parque de Exposições Wildy Viana devido à cheia do Rio Acre. Em atendimento especializado, as crianças passaram por acolhimento psicológico para superar o trauma emocional causado pela cena do crime. Além disso, as equipes do MP estão tomando as providências para regularizar a documentação de uma das crianças, que ainda não tem registro de nascimento.

“Estavam bastante abaladas, elas se agarraram às psicólogas, se agarraram às assistentes sociais, foram acalmadas naquele momento ali, demorou um pouco para elas poderem se estabilizar e terem um atendimento humanizado, elas foram ouvidas pela psicóloga, pela assistente social, tiveram a confiança ali, puderam ficar até que a tia providenciasse todo o velório. No momento em que a tia buscava a assistência social do município e providenciasse o enterro da vítima, as crianças ficaram ali junto com a assistente social e a psicóloga do Ministério Público”, acrescentou o promotor Thalles Ferreira durante entrevista ao G1.

O desaparecimento da filha mais nova de Yara, Cristina Maria, de apenas 2 meses, é outro mistério envolvendo o caso. A bebê não foi encontrada e foi incluída na plataforma Amber Alert, sistema de alerta para crianças desaparecidas. O ex-marido de Yara afirmou à polícia que a criança foi raptada há cerca de três semanas, e a polícia investiga a possibilidade de o pai ser o responsável pelo desaparecimento.

A polícia investiga que a motivação do crime foi um tipo de “disciplina” aplicada pela facção criminosa, devido ao suposto envolvimento de Yara na morte da criança. Testemunhas estão sendo ouvidas e as investigações seguem em andamento para identificar os responsáveis pela morte de Yara e esclarecer o desaparecimento da bebê.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com a apuração e convoca quem tiver informações sobre o caso a entrar em contato.

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