“Como acontece todos os anos, a Marinha do Brasil acompanha o monitoramento do nível dos rios da Amazônia e atua em coordenação com instituições federais, estaduais e municipais, para mitigar os impactos das situações mais extremas,” informa.
Contexto: O Rio Acre está acima da cota de transbordo, que é de 14 metros, desde o dia 10 de março. Na última sexta-feira (14), o nível ficou acima dos 15 metros, e no sábado (15) o Rio Acre subiu quase 60 centímetros. Nesta terça-feira (18), o rio voltou a apresentar vazante e marcou 15,71 metros.
É que o movimento forte das águas causado pelas motos aquáticas dificulta, inclusive, a medição do nível do rio. A forte movimentação das águas também pode causar danos às casas, às pontes, dentre outras estruturas.
Uma semana depois, no último domingo (16), mais flagrantes registrados na região da Gameleira. Imagens áreas feitas pelo fotógrafo Pedro Devani, da Secretaria de Comunicação do governo (Secom), mostram várias motos aquáticas bem próximas às pontes do Centro.
A chegada das equipes da Marinha ajuda, inclusive, na fiscalização dessas embarcações e também para dar apoio geral no enfrentamento da enchente.
Apesar de o nível do Rio Acre em Rio Branco apresentar redução nas últimas horas, a cheia já atinge mais de 31 mil pessoas, segundo o balanço estimado da Defesa Civil, divulgado nesta terça-feira (18). Às 22h de segunda (17), o rio chegou a marcar 15,87 metros e na primeira medição desta terça estava com 15,80 metros.
Nesta terça, o boletim parcial da Defesa Civil aponta que são:
- Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
- Pelo menos 169 famílias em abrigos, cerca de 544 pessoas;
- Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
- 19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
- 43 bairros da capital atingidos.
O prefeito Tião Bocalom decretou, na última sexta-feira (14), situação de emergência devido à enchente do Rio Acre na capital acreana.
Já o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência diante do aumento do nível dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, no dia 10 de março. Nesta terça, após uma semana, governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa por conta do transbordo destes mananciais.
Nota na íntegra da Marinha
A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informa que enviou duas equipes de Inspeção Naval ao estado do Acre para atuarem na fiscalização do Rio Acre e apoiar as ações da Defesa Civil do Estado, que passa por um período de cheia, em especial na cidade de Rio Branco.
Como acontece todos os anos, a Marinha do Brasil acompanha o monitoramento do nível dos rios da Amazônia e atua em coordenação com instituições federais, estaduais e municipais, para mitigar os impactos das situações mais extremas.