A Vigilância em Saúde de Cruzeiro do Sul registrou um aumento de 16% nos casos de malária entre janeiro e março de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde do município, Leonísio Messias, foram contabilizados 797 casos este ano, contra 688 no ano anterior.
O período chuvoso tem dificultado o acesso das equipes de saúde a áreas mais afastadas, como o Ramal dos Caracas, na região da Lagoinha, onde a cheia dos rios e igarapés torna o deslocamento complicado. “A gente está buscando meios para que esse trabalho não seja interrompido, ele seja realizado, pra a gente levar o atendimento até a população”, afirmou Messias.
Entre 1 de janeiro e 20 de março, foram realizados 9.996 exames de gota espessa e 1.465 testes rápidos, usados principalmente em áreas de difícil acesso. O teste rápido permite que, em apenas 15 minutos, o diagnóstico seja confirmado e o tratamento iniciado imediatamente.
A Vigilância em Saúde tem intensificado as ações de combate, com agentes de endemias atuando diariamente sob sol e chuva para conter o avanço da doença. Além disso, todas as unidades de saúde do município contam com microscopistas treinados para atender pacientes com suspeita da doença.
Messias reforça que a colaboração da população é essencial no controle da malária. “Ter prevenção de acordo com a orientação do agente de endemias, tomar a medicação de forma correta, aceitar a borrifação, que é essencial também para eliminar aqueles mosquitos infectados ali na residência”, destacou.
Os principais sintomas da malária são febres, dor de cabeça e dores no corpo. Como a doença pode ser confundida com outras infecções, a recomendação é que qualquer pessoa com sintomas procure uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.