Faleceu nesta tarde de quarta-feira (8), em uma unidade de saúde de Anápólis (GO), a ativista cultural Silene Farias, aos 73 anos de idade, após 26 dias de internação lutando contra infecções após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Sua morte ocorreu no mesmo dia em que seu pai, o falecido delegado de polícia José Farias da França, fazia aniversário. Silene era integrante de uma tradicional família de políticos, artesãos e artistas do bairro 6 de Agosto, em Rio Branco (AC).
Fundadora da Federação de Teatro do Acre (Fetacre), foi também presidente da Fundação Cultural no governo Flaviano Melo (de 1987 a 1990) e presidente da Fundação de Cultura “Garibaldi Brasil”, no governo de Mauri Sérgio, na Prefeitura de Rio Branco, de 197 a 2000.
Também filha da poeta e atriz Maria Deusa, a profissional sempre esteve envolvida com a arte desde os anos 80, e possui diversas publicações como a obra “Bairro Quinze e Cidade Nova”, além de poesias conhecidas, como “Tupi Aquiri Tupi”.
Ela também participou da Antologia dos Poetas Acreanos, em 1986 e da Coletâneas de Poesia Acreanas da Cia Teatro quarto Fuso, em 1981. Em 2005, junto com os seus irmãos Cícero e César, idealizou o grupo folclórico Jabuti-Bumbá.
A morte da ativista foi confirmada por seus parentes na capital. Aposentada nos últimos anos, ela viva em Olhos D’agua, município do interior de Goiás, onde, passou mal, no inicio de dezembro de 2024. Levada a um hospital local, Silene precisou ser transferida para Anápolis, cidade maior e com mais estrutura hospitalar.
Ela passou a ser entubada e piorou a cada dia, até ser declarada sem vida nesta tarde. A família não informou se seu corpo será trazido para ser sepultado no Acre. Há possibilidades de o sepultamento ocorrer em Olhos D’agua, onde mora também parte de sua família.
A Fundação de Cultura Elias Mansour publicou uma nota nas redes sociais lamentando o ocorrido e enaltecendo o trabalho de Silene.
“Silene é uma personalidade de grande relevância para a cultura acreana e brasileira. Ela dedicou sua vida à valorização e ao fortalecimento das manifestações artísticas e culturais no Acre. Seu legado transcende o tempo e ecoará nas artes, nos movimentos culturais e na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la e de serem impactados por seu trabalho”, destaca.