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quinta-feira, janeiro 9, 2025

Com mais de 4,3 mil casos de dengue, Acre decreta situação de emergência em saúde pública

Por Redação O Juruá em Tempo.

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O Governo do Acre declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de síndromes febris causadas por arboviroses, como a dengue. A medida foi anunciada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 8.

Em 2024, o estado registrou 6.346 pacientes com suspeita de dengue, dos quais 4.300 casos foram confirmados. Desses, 24 evoluíram para sinais de alarme, e uma criança em Cruzeiro do Sul faleceu em decorrência da doença. Outros dois óbitos estão sob investigação.

A situação preocupa devido à circulação dos tipos 1 e 2 do vírus da dengue no Acre. Embora o tipo 3, associado à forma hemorrágica da doença, tenha sido identificado em outros estados, o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, informou que não há confirmação de sua presença no Acre.

Pascoal explicou que o aumento nos casos não está relacionado à circulação do tipo 3, mas a fatores sazonais, como o volume de chuvas, que contribuem para o crescimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

“O crescimento expressivo de atendimentos suspeitos de dengue nas nossas unidades de saúde chamou a atenção da Sesacre. A situação já estava sendo acompanhada e, a partir desse decreto, poderemos dar um amparo maior aos municípios, sobretudo aqueles que lideram o número de casos prováveis”, afirmou o secretário.

Ele ressaltou que o aumento significativo de atendimentos de casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde já estava sendo monitorado pela Sesacre, e que o decreto de emergência permitirá maior suporte aos municípios, especialmente aos que apresentam os maiores números de casos.

Em comparação com o ano anterior, houve um aumento de 19% nas notificações de casos suspeitos de dengue, com destaque para os municípios de Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia, que estão entre os mais afetados. Onze municípios do Acre estão em risco devido ao alto número de notificações.

Assim, o decreto, que será publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira ou, no máximo, até quinta-feira, 9, visa agilizar o acesso a recursos do Ministério da Saúde. Com isso, será possível adquirir insumos, realizar campanhas de conscientização e intensificar as ações de combate à doença.

Apesar da gravidade da situação, o governo esclareceu que o decreto não tem como objetivo gerar pânico, mas sim fortalecer a estrutura de saúde pública, garantindo que as unidades estaduais possam atender adequadamente os pacientes, incluindo a disponibilização de leitos de UTI e enfermarias.

Diante da situação, a Secretaria de Saúde também reforçou a importância da vacinação, especialmente para os grupos mais vulneráveis. O plano de vacinação inclui reforço anual para idosos, gestantes, pessoas com comorbidades (como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e pulmonares), imunossuprimidos (como pacientes com HIV, hepatites, câncer e transplantados), povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores do sistema prisional, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência e populações ribeirinhas.

Dessa forma, as crianças de 6 meses a menores de 5 anos também fazem parte do plano de vacinação, mas elas devem seguir um esquema de três doses iniciais, sem a necessidade de reforço anual.

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