COTIDIANO

Com 9 mortes, só 22% dos acreanos se vacinam contra influenza

Uma baixa adesão à vacinação contra a influenza tem marcado a mais recente campanha de imunização contra a doença no estado do Acre. Com isso, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) resolveram alertar a população sobre os possíveis agravos em saúde causados àqueles que não estão imunizados.

Apenas 22% da população do estado tomou a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde até 31 de janeiro. Após essa data, as doses não utilizadas serão descartadas, conforme orientação da Anvisa, e um novo lote deverá chegar apenas em outubro.

O promotor de Justiça Ocimar Sales Júnior destacou que a baixa cobertura vacinal tem impacto direto no sistema de saúde. “As pessoas que ainda não se vacinaram, especialmente crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida, são grupos importantes para a assistência, pois os dados indicam que esse público está mais suscetível às complicações e óbito, gerando uma forte pressão na ocupação de leitos em unidades hospitalares”, afirmou.

A secretária adjunta assistencial de Saúde, Ana Cristina Moraes, reforçou a necessidade de ampliar a vacinação e explicou que a dose anual garante proteção até o fim do ciclo. “Quem tomou a vacina em outubro, novembro ou dezembro de 2024 não precisa se vacinar agora, pois a dose tem validade de um ano. Mas quem ainda não tomou deve procurar uma unidade de saúde até o dia 31 de janeiro”, disse.

Neste ano, já foram registrados nove óbitos por síndromes respiratórias. A maioria dos casos graves e complicações acompanhados no estado ocorreram em pessoas não vacinadas. “Os pacientes que entram nas unidades de saúde com quadros mais graves não tomaram a vacina. Quem se imuniza pode até contrair o vírus, mas apresenta sintomas mais leves e não evolui para casos críticos”, ressaltou a secretária.

O MPAC também reforça que qualquer dificuldade de acesso à vacinação pode ser denunciada. “Estamos acompanhando para garantir que não haja barreira de acesso aos imunizantes, desinformação sobre a segurança da vacina ou, ainda, limitação de doses por fichas de atendimento nas unidades. Qualquer restrição ao acesso deve ser denunciada na unidade do Ministério Público mais próxima ou por meio da Central de Atendimento ao Cidadão”, completou o promotor.

Fonte: AC24horas.