O governo do Acre celebra mais de R$ 1,8 bi em exportações nos últimos seis anos de gestão do governador Gladson Cameli. Em 2024, a movimentação de produtos exportados foi de R$ 527,4 milhões, uma variação positiva de 90,6% com relação ao período de janeiro a dezembro de 2023. Os números foram divulgados esta semana pela extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A vice-governadora Mailza Assis assegurou que o governo tem atuado em projetos e programas que visam estimular a produção industrial e ampliar a capacidade de produção na agricultura e na pecuária. “O Estado é forte quando a indústria é forte e temos a força do agro estimulando riquezas. Eu e o governador Gladson Cameli parabenizamos todos os empresários. É grande a expectativa de que o desempenho vá contribuir para fortalecer a economia este ano, gerando mais empregos e renda”, afirmou.
Para o titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, órgão responsável pela política de comércio exterior no estado, “os dados representam um incremento de mais de 180% em comparação ao período equivalente antes do atual governo”, destacou. Ele assegurou que em 2024 mais de 60% do total de produtos que foram para fora do estado são da indústria de transformação, com destaque para exportação da carne bovina (24%), carne suína (20%) e madeira (7,2%). Destacou ainda que a variação positiva é resultado de tomadas de decisões acertadas pelo governo do Estado, entre elas medidas que destravaram os gargalos sanitários.
“O trabalho que o governo do Estado faz na manutenção da certificação do Acre como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação com Reconhecimento Internacional, chancelado pela Organização Mundial de Saúde Animal [OIE], tem sido fundamental para o crescimento das exportações dos produtos de proteína animal”, avaliou.
Ainda de acordo o titular da Seict, a escala de produção agrícola tem aumentado nos últimos anos, consolidando o Acre como um forte polo de agronegócio, com destaque para a produção de soja, que teve participação de 25% nas exportações em 2024. “A agricultura no Acre ultrapassou a marca histórica de R$ 3 bilhões em valor bruto de produção (VBP), resultado da tomada de decisões do Estado que tornam o território a mais nova e promissora fronteira agrícola do país”, destacou Mesquita.
Setor produtivo destaca variação histórica da balança comercial e integração entre agro e indústria
Para a presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac), Waleska Bezerra, o aumento no volume de produtos vendidos ao Peru, com variação de 153,8% no ano passado, ocorre em função da promoção que vem sendo feita com aval do governador Gladson Cameli e o apoio de federações, associações do setor produtivo e, ainda, a Assembleia Legislativa do Estado.
“O Acre exporta para mais de 30 países. Isso é um trabalho que une várias instituições e reúne políticas públicas voltadas ao desenvolvimento. Hoje não somos apenas um lugar para se investir, mas representamos, para o produtor, uma oportunidade de ser pioneiro no desenvolvimento de uma nova era econômica, que integrará as rotas de escoamento de bens e mercadorias no Sul Global, bloco econômico cada vez mais estabelecido no cenário internacional”, avaliou Waleska.
Para o presidente do Federação da Agricultura e Pecuária e Abastecimento do Acre, Assuero Veronez, houve uma conjunção de fatores para se chegar aos resultados comemorados com a convergência de instituições públicas e privadas para atingir metas que tornaram o Acre exportador. “Vivemos um momento importante para todos os segmentos, o faturamento em dólar aumenta a produtividade, a renda, e isso é expressivo para o crescimento econômico de qualquer região”, analisou.
Assuero examinou ainda que a possibilidade de plantar soja no Acre foi viabilizada a partir da hidrovia do Madeira, com a instalação das trades exportadoras, viabilizando a logística. Ainda falando sobre o agronegócio, citou o ganho de expressão do setor de carnes a partir da possibilidade de novos mercados. “Os números mostram que tanto a carne suína como a bovina estão no mesmo patamar de exportação. O Polo de produção de suínos em Brasileia oferece produtos com qualidade para os mercados vizinhos e outros países de forma competitiva. A carne bovina, que é o nosso maior produto, se abriu para possibilidade de exportação em mercados exigentes como China, Hong Kong, mudando o protagonismo que antes era do extrativismo”, acrescentou.
De acordo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e deputado federal José Adriano Ribeiro, os dados deixam o setor animado. Ele ressalta o papel dos empresários da indústria frigorífica nos desafios enfrentados para conquistar a habilitação de exportação e a aproximação feita pela ApexBrasil de empresários acreanos aos mercados internacionais.
“A indústria está presente no crescimento econômico lado a lado com o setor do agronegócio, que possibilita matéria-prima em larga escala, para transformação e exportação. O governo do Estado leva crédito pela finalidade específica da Secretaria da Indústria, que atua no trabalho do corredor de exportação. Na Faeac, temos uma condição de diálogo e incentivos ao pequeno, médio e grande empresário. Tudo isso colabora com o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]”, ressaltou Ribeiro.
O presidente da Fieac chama atenção para o desafio da balança comercial com relação ao câmbio flutuante, visto que a matéria-prima necessária à produção industrial depende de importação. O Banco Central não interfere no mercado para determinar a taxa de câmbio, mas para manter a funcionalidade desse mercado.
O deputado Luiz Gonzaga, presidente da Assembleia Legislativa do Acre, parabenizou o governador Gladson Cameli pelo superávit histórico e afirmou que “os números representam um trabalho de cooperação técnica e diplomática tanto internamente, junto ao setor produtivo, como externamente, na política de promoção do estado com apoio da bancada federal, a participação do empresariado em feiras, seminários e encontros bilaterais”.
- Por Agência de Notícias do Acre.