O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo, após sentir dores de cabeça e mal-estar durante o dia de ontem (9). Ele segue estável e internado no Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, Lula deu entrada em Brasília para um exame de imagem após sentir o incômodo. A ressonância então indicou uma hemorragia intracraniana devido à queda que ele sofreu em outubro.
O presidente foi transferido para a unidade de São Paulo onde foi submetido à uma craniotomia para drenagem de hematoma.
Ainda de acordo com a declaração, a cirurgia transcorreu bem e Lula está sob monitoração em leito de UTI.
Segundo apurou a âncora da CNN Débora Bergamasco, Lula estava indisposto desde a manhã anterior, de acordo com relato de pessoas próximas.
Apesar de lúcido e orientado, estava se sentindo sonolento e com mal-estar. Mas seguiu tocando os compromissos. “Ele só se entregou na última agenda”, disse uma fonte que acompanhou o dia do presidente.
Chegou a resistir, mas acabou convencido ainda em seu gabinete presidencial. Do Palácio do Planalto foi direto ao hospital.
O avião presidencial contava com itens de UTI, que não precisaram ser usados. Houve restrição de passageiros. Foram somente os imprescindíveis: a primeira-dama Janja da Silva, seguranças e equipe médica, que contou com um neurocirurgião.
Lula viajou o trajeto acordado, calmo e calado.
Mesmo com mal-estar, com dores na cabeça, Lula decidiu não desmarcar a reunião que teve nesta segunda-feira (9) com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O assunto foi o pagamento de emendas parlamentares, alvo de restrições pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E que tem influenciado no ritmo de votações de projetos de interesse do governo no Congresso.
Segundo auxiliares do Planalto, a decisão de que Lula precisava fazer exames para apurar o que estava sentindo já havia sido tomada. O petista, no entanto, desmarcou os compromissos que teria com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). Mas manteve a conversa com Lira e Pacheco.