Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi preso na noite desse domingo (8) pela morte da adolescente Geovanna Souza da Silva, de 16 anos. Conforme depoimento de familiares, o suspeito abusava sexualmente da vítima há cinco anos, ou seja, quando a tinha jovem 11 anos.
Conforme o artigo 217-A do Código Penal brasileiro, é proibido “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos”. Essa é a idade mínima para consentimento legal, logo, Rodrigues, que tinha 32 anos quando conheceu a menina, não poderia estar em um relacionamento com ela por ao menos três anos antes do crime.
Ainda segundo os parentes, Geovanna estava em situação de rua com o suspeito e era usuária de drogas. Ela foi assassinada com duas facadas na madrugada desse sábado (7) no bairro Areal. Mesmo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) indo ao local, a jovem morreu antes de receber o socorro.
Familiares chegaram a informar à Polícia Militar que a adolescente estava grávida de dois meses do suspeito, contudo, no Instituto Médico Legal (IML) ficou comprovado que a vítima não estava gestante.
Nesse domingo, a PM-AC recebeu uma denúncia anônima sobre o paradeiro de Leandro Rodrigues e foi até o local, uma casa na Rua Guilhermino Bastos, bairro Triângulo. Ao ser abordado pela polícia, o suspeito confessou o crime e foi preso em flagrante.
Levado para a Delegacia Especializado de Atendimento à Mulher (Deam), Leandro prestou depoimento e alegou ciúmes como motivação para matar a adolescente. Segundo o depoimento, os dois estavam em situação de rua há cerca de cinco meses.
Leandro afirmou que vendeu uma casa que era do pai por R$ 30 mil e com R$ 10 mil comprou uma pequena residência no bairro Triângulo Novo para morar com a vítima. De acordo com o suspeito, após o dinheiro acabar, a adolescente o deixou.
“Ele confessou e alegou ciúmes dela. Ele falou que são usuários de drogas, era muito nova e estava nessa situação. Ele quis alegar uma legítima defesa, o que até o momento não se confirma”, explicou o delegado Odilon Neto.
Ainda no depoimento, Leandro Rodrigues disse que encontrou Geovanna sentada no colo de um homem no bairro Areal. Ao chamá-la para ir embora, a adolescente teria se irritado e insinuado que iria furá-lo com uma faca. Ele falou que agiu mais rápido, tomou a arma e feriu a jovem.
Medidas protetivas
Os familiares contaram à polícia que a vítima tinha medidas protetivas contra o suspeito. Porém, o suspeito alegou em depoimento que não tinha conhecimento das decisões judiciais.
Ele segue preso preventivamente e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (10). Tem passagem pela polícia por furto e estava foragido da Justiça após romper a tornozeleira eletrônica.
Por G1 Acre