Um homem foi condenado a 11 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de tentativa de feminicídio contra sua companheira e lesão corporal culposa contra a enteada e seu filho. O julgamento aconteceu em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
O crime ocorreu em junho de 2019, quando o réu atirou com uma espingarda contra sua companheira, durante uma discussão no bairro Miritizal. A enteada tentou impedir o disparo, mas acabou sendo atingida pelos estilhaços, assim como o filho da vítima, uma criança de três anos.
Apesar do risco, todos sobreviveram, mas a criança e a enteada precisaram de intervenção cirúrgica na região do tórax.
O tribunal considerou a motivação fútil para o crime, com destaque para o fato de ter ocorrido na presença da criança, o que agravou a culpabilidade do réu.
De acordo com os autos, as consequências do crime permanecem na criança, que passou por acompanhamento psicológico, teve prejuízo escolar e está traumatizada até os dias atuais.
A vítima ficou cerca de seis meses sem poder trabalhar para se recuperar das lesões físicas decorrentes da tragédia, o que gerou prejuízo aos seus rendimentos. Portanto, na sentença foi estabelecida ainda reparação por danos morais, sendo R$ 10 mil para a mulher, R$ 5 mil para a criança e R$ 3 mil para a enteada.