Estudo aponta que idade média do turista que visita o Acre é de 40 anos

Um estudo divulgado nesta semana pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre explora o perfil dos turistas que visitam o estado do Acre, suas motivações e hábitos de consumo, além de apontar caminhos para o fortalecimento do setor.

A pesquisa, realizada entre julho e outubro de 2024, entrevistou 401 turistas e revelou um perfil marcante. O visitante típico tem, em média, 40 anos, possui ensino superior completo e renda superior à média nacional (R$ 4.200,00 contra R$ 3.269,80). Há equilíbrio entre homens e mulheres, embora os homens sejam maioria nas viagens a trabalho. Além disso, o turista do Acre tende a viajar desacompanhado e busca experiências personalizadas e de alta qualidade.

As principais razões que levam os turistas ao Acre variam conforme sua origem. Para visitantes locais e de estados vizinhos, como Amazonas e Rondônia, as visitas a familiares e amigos predominam, seguidas por motivos de saúde e negócios. Já turistas de regiões mais distantes, como São Paulo e Distrito Federal, são atraídos por oportunidades de negócios.

Turistas estrangeiros, principalmente de países da América Latina, têm como motivação principal o etnoturismo e o turismo de negócios. Apesar da diversidade de motivações, o gasto diário médio é de R$ 300,00, com variações significativas dependendo da origem e do propósito da viagem. Visitantes de maior poder aquisitivo, como os provenientes de São Paulo e Santa Catarina, tendem a investir em experiências mais sofisticadas.

Os dados mostram que, entre aqueles que chegam de avião, há uma preferência significativa por hospedagem em hotéis, com 62,94% desse grupo optando por essa acomodação. O comportamento sugere um perfil de maior poder aquisitivo ou relacionado a viagens de negócios, nas quais é comum buscar hotéis pela comodidade, estrutura e localização central.
Por outro lado, o grupo de visitantes que chega ao Acre por meio rodoviário apresenta um comportamento diferente. Nesse caso, 48,21% optam por se hospedar em casas de parentes ou amigos, o que sugere um perfil de viajante mais econômico, possivelmente com laços familiares ou pessoais na região.

Hospedagens alternativas, como pousadas e hostels (9,23%), têm potencial para atrair públicos mais jovens ou interessados em ecoturismo, enquanto opções como aluguel de temporada e campings refletem o perfil de viajantes econômicos ou aventureiros.

Embora o Acre apresenta atrativos naturais e culturais reconhecidos pelos visitantes, há desafios importantes a serem enfrentados. A segurança pública, os preços elevados e a falta de sinalização adequada figuram entre as principais críticas dos turistas.

Por outro lado, a hospitalidade local e os atrativos naturais são altamente avaliados, o que demonstra o potencial do estado para se consolidar como destino turístico de destaque. Investir em ecoturismo, rotas culturais e na promoção de festivais regionais pode fortalecer a atratividade da região.

Com informações Ac24horas