Os acreanos Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, foram transferidos, em outubro, da Penitenciária Federal de Mossoró para a unidade de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. A informação foi confirmada pelo advogado Mário Aquino ao site Mossoró Hoje. Ele defendeu os criminosos enquanto estavam em Mossoró e disse que não foi informado oficialmente sobre a mudança.
Tatu e Martelo ficaram nacionalmente conhecidos depois que conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2024, sendo capturados 51 dias depois, no Estado do Pará, já armados e protegidos por comparsas.
Eles haviam sido transferidos para Mossoró após protagonizarem rebelião violenta no Acre, no segundo semestre de 2023. Na penitenciária federal de Mossoró, os dois ficaram em celas isoladas do restante do presídio. Mesmo assim, segundo relata o Ministério da Justiça, os dois conseguiram barras de ferros, abriram buracos na parede, pularam para o pátio do presídio, depois conseguiram um alicate numa obra interna, cortaram a cerca de proteção do muro e fugiram.
Foi montada uma enorme força tarefa, composta por mais de 400 homens, centenas de viaturas, cães com super faro, sete helicópteros, drones de alta precisão, entre outros apetrechos para capturar os dois fugitivos, o que só ocorreu 51 dias depois, no Pará.
No Acre, Martelo responde há mais de 50 processos, entre os quais consta crimes de assalto, tráfico e homicídio. Já Tatu tem seu nome relacionado em mais de 30 processos, relacionados a organização criminosa, tráfico de drogas, assaltos e também homicídios.
Tatu é condenado a 74 anos de prisão, enquanto Martelo cumpre pena de 81 anos. Ambos possuem extensos históricos criminais e foram transferidos para Mossoró após protagonizarem uma rebelião no Acre em 2023.