Um estudo realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, mostra que 54% da população brasileira é a favor da restrição total ao uso de celulares dentro das escolas públicas e privadas. A opinião de mais da metade dos cidadãos é ainda mais rígida do que o projeto discutido na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que propõe a proibição das telas no ambiente escolar, mas confere exceção para momentos de atividades pedagógicas e acesso de materiais.
Dos entrevistados, 32% apoiam uma limitação compatível com a da proposta da Alesp, que restringe os celulares na maior parte do tempo, mas permite o uso para programações didáticas e educacionais. Ao todo, 86% da população aprova alguma forma de regulamentação relativa aos telefones celulares, enquanto apenas 14% são contrários a qualquer tipo de medida.
Os jovens – especificamente entre 16 e 24 anos – são a parcela que mais apoia a aplicação de alguma norma que regularize o uso de celulares. Na contramão, a ideia da proibição total é mais atrativa para o público com idades avançadas. Pessoas de 41 a 59 anos, por exemplo, são mais favoráveis à restrição total do que a maioria dos grupos, configurando 58% de aprovação.
Há também o recorte monetário: quanto maior a renda, mais favorável à proibição é o entrevistado. Entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos, a taxa de aprovação da emenda que impede totalmente o uso de celulares nas escolas é a mais alta, com 67% a favor – porcentagem maior do que a média nacional, que já é expressiva, de 54%.
A pesquisa indicou ainda que a opinião sobre o tema não costuma mudar entre quem tem filhos e aqueles que não convivem com crianças. “A aprovação da proibição total ou parcial é exatamente a mesma entre quem tem filhos ou mora com crianças matriculadas em escolas e quem não tem filhos nem vive com estudantes”, declarou Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.