O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 10,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano para projetos na Amazônia Legal, o que representa um crescimento de 83% em relação a igual período de 2022. Na comparação com os três primeiros semestres do ano passado, o aumento foi de 43,9%.
Já as contratações do Banco na região somaram R$ 13,2 bilhões, o que corresponde a uma expansão de 58% sobre o resultado dos nove primeiros meses de 2022. Em relação ao acumulado de janeiro a setembro de 2023, o crescimento foi de 30,8%.
O Banco já contratou este ano R$ 438 milhões com entes públicos na região da Amazônia Legal. É o maior valor registrado nos últimos 10 anos.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirma que o aumento de investimentos sustentáveis na região é estratégico para garantir a liderança do Brasil no processo de transição energética. “A Amazônia é um grau a mais ou a menos na temperatura do planeta. Por isso, o BNDES tem feito um enorme esforço para alavancar projetos sustentáveis na região, procurando gerar mais empregos de qualidade e renda para as cerca de 28 milhões de pessoas que vivem naquele território”, explicou.
Arco da Restauração – Na primeira fase do projeto na Amazônia, os recursos do Fundo Clima se somarão a outras fontes de apoio para investimentos de até R$ 51 bilhões. O objetivo é restaurar 6 milhões de hectares de áreas prioritárias e capturar 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera até 2030. Já a segunda etapa prevê investimentos de até R$ 153 bilhões, com participação de recursos do Fundo Clima para restaurar 18 milhões de hectares até 2050.
“O Arco da Restauração estimula o replantio de árvores nativas, sequestra carbono e cumpre um papel decisivo para manter a floresta em pé. A meta ambiciosa, que agora depende de apoio internacional, é de plantarmos árvores em seis milhões de hectares”, afirmou Mercadante.