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Avançam obras na Base de Aviação do Juruá, em Cruzeiro do Sul

As obras da primeira Base de Aviação do Juruá, localizada em Cruzeiro do Sul, estão em pleno andamento. Com investimento de quase R$ 5 milhões, proveniente de recursos da Operação de Crédito da União, a unidade visa expandir os serviços do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo atendimento eficiente à população, especialmente nas regiões de difícil acesso.

A nova estrutura beneficiará os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, fortalecendo o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp). Com a base, haverá uma otimização significativa no tempo de resposta em operações de salvamento, patrulhamento urbano e rural, além de ações de busca e apreensão. A estrutura também permitirá um transporte mais ágil de pacientes para o Hospital Regional do Juruá.

Base aérea beneficiará municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), coronel José Américo Gaia, destaca a importância da formação de uma equipe especializada para a unidade: “Enviaremos inicialmente uma equipe da capital para operar no novo hangar e, em breve, formaremos cerca de 40 novos profissionais no curso de operador tático, com vagas abertas para todo o estado. Estamos cientes de que a formação dos pilotos demanda mais tempo, mas utilizaremos os pilotos já qualificados para garantir que a equipe esteja em plena operação em Cruzeiro do Sul”.

Estrutura da base

Construída no estacionamento da Companhia de Entrepostos do Acre (Cageacre), no bairro Aeroporto Velho, a Base de Aviação do Juruá contará com um helicóptero fixo, alojamento, auditório, sala de musculação, área administrativa, dormitório e garagem para caminhão de abastecimento.

Base irá contar com alojamento, auditório, sala de musculação, área administrativa, dormitório e garagem para caminhão e abastecimento. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Iniciada em outubro, a obra tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2025. “Essa base é um reflexo do compromisso do governo do Estado em aprimorar o sistema de segurança pública em todo o Acre. Nossa meta é reduzir o tempo de resposta em situações que exigem apoio aéreo, que atualmente é enviado do hangar em Rio Branco”, enfatiza Gaia.

Iniciada em outubro, obra tem previsão de entrega para segundo semestre de 2025. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Modernização da segurança pública

O Ciopaer foi criado pelo Decreto nº 4.564, de 11 de setembro de 2009, com o objetivo de otimizar as ações aéreas da segurança pública no Acre, garantindo um patrulhamento mais eficaz e serviços de resgate. Com uma equipe bem treinada e atuando em defesa da sociedade acreana, os helicópteros do Ciopaer têm realizado diversas missões de patrulhamento e resgate ao longo de quase duas décadas.

Ciopaer conta com três helicópteros e três aviões, além de um efetivo de 36 profissionais. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Atualmente, o Ciopaer conta com três helicópteros e três aviões, além de um efetivo de 36 profissionais, incluindo policiais militares, civis e bombeiros, que desempenham as funções de piloto e operador aerotático. As equipes atuam em diversas situações, como roubos, perseguições, resgates, incêndios e na defesa civil, contribuindo para a segurança pública em todo o estado.

Resgates em comunidades indígenas

O Ciopaer também se destaca em atendimentos a comunidades indígenas. Um exemplo recente foi a missão de resgate da pequena Vitória Manchineri, recém-nascida da Terra Indígena Jatobá, que enfrentou três paradas cardíacas.

Ciopaer também se destaca em atendimentos a comunidades indígenas. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

A agilidade das equipes do Ciopaer e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi fundamental para o sucesso da missão. Horas depois do resgate, Vitória chegou a Rio Branco, onde recebeu o atendimento especializado necessário. “Foi uma vitória não apenas para a pequena Vitória, mas para toda a equipe, que fez o impossível se tornar realidade”, avalia o secretário.