A Igreja Batista da Lagoinha, uma das maiores e mais influentes denominações evangélicas do Brasil, enfrenta um momento de turbulência que vem dividindo líderes, congregações e o público gospel. No centro da crise, está uma disputa judicial envolvendo André Valadão, líder global da igreja, e seu cunhado, Felippe Valadão, responsável pela unidade Lagoinha Niterói, no Rio de Janeiro.
O caso veio à tona com o processo judicial movido por André Valadão contra Felippe Valadão. Segundo o líder global, a marca “Lagoinha” é registrada e possui reconhecimento consolidado nacionalmente, o que tornaria o uso do nome pela unidade de Niterói uma violação dos direitos da instituição. O processo exige que a Lagoinha Niterói deixe de usar o nome “Lagoinha”, além de uma indenização de R$ 50 mil por danos morais e materiais e o cancelamento do domínio de internet lagoinhaniteroi.com.br.
Em sua defesa, a Lagoinha Niterói argumenta que o uso do nome foi autorizado pelo pastor Márcio Valadão, pai de André e líder histórico da igreja, como parte de uma estratégia de expansão da denominação. Além disso, ressalta que a unidade opera de forma independente, com identidade visual própria e atuação restrita ao estado do Rio de Janeiro, sem evidências de confusão entre os fiéis.
Divisão Familiar e Apoio Controverso
A disputa ganhou contornos ainda mais delicados com o posicionamento público de Ana Paula Valadão, irmã de André e Mariana, que se manifestou contra a postura de seu irmão e a favor de Felippe. Durante uma pregação transmitida virtualmente, Ana Paula criticou as ações de André, mas sua transmissão foi interrompida nos canais oficiais da igreja. Esse episódio intensificou a repercussão do caso, expondo divisões não apenas institucionais, mas também familiares.
Conhecida por sua unidade e por lançar influentes nomes da música gospel, como o grupo Diante do Trono, a Lagoinha agora enfrenta questionamentos sobre seus valores de comunhão e reconciliação diante de um impasse que envolve tanto questões jurídicas quanto interpessoais.