A derrota eleitoral em Cruzeiro do Sul parece ter atingido duramente o ex-prefeito Vagner Sales, mas ao invés de aceitar o resultado com humildade, ele e sua família decidiram seguir o caminho do ataque.
Em um jantar de agradecimento aos seus apoiadores, Vagner, com sua habitual pompa, atacou a Justiça Eleitoral, insinuando que o judiciário “fechou os olhos” para a compra de votos. Sua esposa, a deputada Antônia Sales, não perdeu tempo e dias antes já havia disparado suas próprias acusações, afirmando que as autoridades e forças policiais estavam envolvidas em esquemas de corrupção durante as eleições.
Curioso ouvir essas palavras vindas justamente de Vagner Sales, um homem que carrega nas costas uma longa ficha de condenações por improbidade administrativa. Um ex-prefeito que, graças à sua folha corrida, foi impedido de concorrer nas eleições. Quem melhor que ele para reconhecer um esquema de corrupção, não é? Afinal, foi assim que construiu sua carreira.
Se não fosse por sua ligação direta com Vagner, Jéssica Sales talvez tivesse tido uma chance melhor nas eleições. Mas o fardo de carregar o sobrenome de um político ultrapassado pesou, e o resultado foi uma nova derrota. O que mais poderia se esperar, sendo filha de um “coronel de barranco”? Esse título, aliás, não foi à toa. Quando esteve no poder, Vagner era conhecido pelo seu jeito autoritário, grosseiro e pela perseguição aos que ousavam desafiar sua autoridade. Mas os tempos mudaram, e o “leão” que um dia rugiu alto agora aparece sem força, sem dentes, sem o respeito que tanto exigiu.
Apesar da derrota nas urnas, a família Sales não perde o otimismo – ou seria a arrogância? – e já fala em candidaturas futuras, como se a política fosse um patrimônio de família. Talvez Vagner acredite que ainda possa influenciar o cenário, mesmo que hoje não passe de uma figura derrotada e endividada. Sem sequer digerir o fracasso, ele e sua família continuam insistindo no mesmo velho discurso, sem refletir sobre os erros do passado.
Mas se eles querem 2026, que venham. A nova geração está mais do que preparada para enfrentar o “ex-coronel”, que insiste em reviver glórias passadas. A diferença é que, desta vez, o povo não tem mais medo. O leão já não assusta, e o tempo dos coronéis de barranco chegou ao fim.