Cid Moreira, que morreu aos 97 anos no dia 3 de outubro, deixou o patrimônio avaliado em R$ 60 milhões para a esposa, Fátima Sampaio, com quem foi casado por 23 anos, e nada para os filhos, Rodrigo Moreira, de 54 anos, e Roger Naumtchyk, de 48.
O apresentador não os incluiu no testamento e justificou essa ação com base em processos movidos por eles no passado.
Segundo o “Domingo Espetacular”, da Record TV, o locutor explicou no documento, datado de março de 2024, que excluiu Rodrigo do testamento por conta de um processo no qual foi acusado de alienação parental pelo filho.
Na ação, Rodrigo pedia uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais devido à ausência paterna, mas perdeu o caso na Justiça.
“O filho Rodrigo distribuiu a ação, acusando o testador de forma leviana e publicamente de tê-lo tratado com absoluta indiferença, frieza, de forma monstruosa, desumana, indigna e desprezível ao longo da vida”, diz o testamento. O documento ainda afirma que o processo em questão provocou “profundo abalo emocional e moral, tendo o mesmo necessitado de tratamento médico específico devido às injúrias sofridas.”
Rodrigo declarou que sempre procurou se aproximar do pai, mas o locutor sempre negava. Ele afirma que conviveu menos de dois anos com Cid e que nunca teve acesso a ele. Além disso, garante que irá entrar na Justiça para ter acesso à herança.
Já Roger, que foi adotado pelo locutor quando tinha 25 anos, foi excluído do testamento por conta das acusações de abuso sexual contra o veterano.
Uma pessoa pode excluir filhos do testamento apenas em duas situações, em caso de tentativa de homicídio ou de denúncias caluniosas contra quem morreu. Dessa forma, os filhos de Cid Moreira irão recorrer, e a Justiça pode anular o testamento deixado pelo locutor.