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segunda-feira, outubro 21, 2024

Ministros do STF tem o 2º salário mais desigual da América do Sul

Por AM Post.

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O salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é um dos mais altos da América do Sul, com um salário bruto mensal de R$ 44.000. Esse valor representa uma discrepância alarmante de 2.281% em relação à renda média per capita da população brasileira, que é de R$ 1.848. Em 2025, a remuneração dos ministros deve aumentar ainda mais, chegando a R$ 46.300. Esses dados foram levantados pelo portal Poder360, que analisou a situação salarial de 10 dos 12 países da região, excetuando a Venezuela, cujos dados não são divulgados, e o Equador, onde as informações não foram encontradas.

Quando observamos a comparação internacional, o Brasil se destaca pela desigualdade salarial. O Peru lidera o ranking da disparidade salarial entre magistrados e a média da população, com ministros recebendo 43.220 sóis peruanos (equivalente a R$ 64.837), enquanto a renda média da população local é de apenas 1.496 sóis (R$ 2.245). Isso representa uma diferença impressionante de 2.788%. Em termos absolutos, os ministros do STF ganham mais do que seus colegas em seis países vizinhos, com exceção apenas do Uruguai, onde os ministros recebem 481.182 pesos uruguaios (R$ 65.838), do Peru e do Chile, onde o salário dos magistrados pode alcançar até 13,5 milhões de pesos chilenos (R$ 81.630).

Além da disparidade salarial, o Judiciário brasileiro é considerado um dos mais onerosos do mundo. Um levantamento do Tesouro Nacional, divulgado em janeiro, revelou que o Poder Judiciário consome 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Em comparação, a média internacional é de apenas 0,37%. Essa elevada carga de gastos inclui não apenas os salários dos ministros, mas também uma série de benefícios adicionais, como auxílio-creche e auxílio-moradia.

Apesar de todos esses números que evidenciam a disparidade e os altos custos do Judiciário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu em fevereiro que os salários dos ministros são “baixos” em relação à “qualidade da função”. Essa afirmação gerou controvérsias, especialmente em um contexto onde a desigualdade social e econômica é uma questão premente no Brasil. Os ministros do STF recebem salários que superam até mesmo a renda média do 1% mais rico do Brasil, que é de R$ 17.447.

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