COTIDIANO

Dois municípios do Acre estão entre os 20 piores para se viver no Brasil

Nesta semana, o Índice de Progresso Social (IPS), desenvolvido pela organização Social Progress Imperative (SPI), divulgou um levantamento em que é apontado as 20 piores cidades para se viver no Brasil, em 2024.

Criado pelo professor Michael Porter, da Harvard Business School, o IPS surgiu há dez anos para avaliar o progresso a partir de dados sociais e ambientais, excluindo critérios econômicos. A metodologia foca nos resultados gerados, não no investimento realizado, o que ajuda na elaboração de políticas públicas.

Nesta edição de 2024, 53 indicadores nacionais foram utilizados. Entre eles estão dados de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, como DataSus, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Assim, o estudo destaca problemas estruturais graves, como o limitado acesso à saúde, ao saneamento básico e a oportunidades educacionais, refletindo o impacto negativo na qualidade de vida da população local.

Nesta ocasião, o índice analisa os municípios em três grandes categorias: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Entre esses grupos, as necessidades humanas básicas, que incluem nutrição e segurança, obtiveram uma pontuação ligeiramente superior, indicando que serviços essenciais estão disponíveis, mas de forma limitada.

Dessa forma, o IPS revelou uma situação preocupante nas 20 cidades, especialmente em áreas relacionadas aos direitos individuais e à inclusão. No Acre, os municípios de Feijó e Santa Rosa do Purus, figuram no ranking com as piores avaliações. Feijó, com uma nota de 43,11, está na 14ª posição, enquanto Santa Rosa do Purus, com 43,78, ocupa a 20ª.

De acordo com os dados do levantamento, na região Norte, Roraima aparece com Uiramutã em 1º lugar (37,63), Alto Alegre em 2º (38,38) e Bonfim em 10º (42,27). O Pará é o estado com mais cidades no ranking: Trairão em 3º (38,69), Bannach em 4º (38,89), Jacareacanga em 5º (38,92), Cumaru do Norte em 6º (40,64), Pacajá em 7º (40,70), Uruará em 8º (41,26), Portel em 9º (42,23) e Anapu em 11º (42,30).

O Amapá também aparece com Oiapoque em 12º (42,46) e Pracuúba em 18º (43,50), além de Pauini, no Amazonas, em 13º (42,63). No Acre, Feijó ocupa a 14ª posição (43,11) e Santa Rosa do Purus a 20ª (43,78). No Centro-Oeste, o Mato Grosso é representado por Nova Nazaré em 14º (42,78) e Gaúcha do Norte em 19º (43,53), enquanto o Maranhão tem São Félix de Balsas em 15º (43,05).