A área consumida pelo fogo na Amazônia de 1º de janeiro até o dia 27 agosto equivale a 49,19 quilômetros quadrados. É uma área maior do que a do estado do Rio de Janeiro, que tem 43,69 quilômetros quadrados.
Proporcionalmente, o Pantanal é o bioma com mais aumento nas queimadas. Em 2023, de 1º de janeiro a 1º de setembro houve 408 queimadas. Neste ano, no mesmo período são 9.175 registros do tipo, o que representa um acréscimo de 2.148%.
Seca
A alta acontece em um cenário de avanço da seca no bioma e em outras regiões do país. Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) calculou que 17 unidades da federação experimentam a pior seca em 44 anos.
A seca tem relação com a atuação do El Niño no último período chuvoso. Em muitas localidades, os índices de precipitação ficaram abaixo da média. Com isto, ao iniciar a estiagem, a seca se estabeleceu com mais força.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, tem afirmado que trata-se de uma situação diferenciada da de outros anos, pois houve redução de 45,7% no desmatamento na Amazônia no último ano.
“O que temos aqui é um governo que já tem uma situação que já está trabalhando há mais de dois meses, uma série de medidas que vem sendo tomada, inclusive do ponto de vista legal, diminuindo o interstício para a contratação de brigadistas, mudando a legislação para apoio externo, caso seja necessário”, pontuou a titular do Meio Ambiente.
O fator climático também tem sido lembrado pelo MMA. “Os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia”, afirmou o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) no último boletim sobre o combate ao fogo.