O Mercado Municipal do Peixe em Cruzeiro do Sul, que fica na Avenida Beira Rio, bairro Centro, pegou fogo na madrugada deste domingo (8), às 1h. O fogo consumiu, principalmente, uma ala do local que continha vários boxes que comercializavam frutas e verduras em geral.
Bombeiros do 4° Batalhão do Corpo de Bombeiros Militares do Acre (CBMAC) estiveram no mercado com dois caminhões de combate a incêndio e uma viatura de salvamento. De acordo com a guarnição que atendeu a ocorrência, a estrutura era de madeira e a cobertura era de lona, que foi rapidamente consumida pelo fogo.
Ainda segundo o CBMAC, o mercado estava em reforma e essas tendas que o fogo consumiu, eram estruturas improvisadas, feita em madeira, dentro de uma tenda grande, coberta de lona. Apenas 12 boxes foram preservados e não foram atingidos pelo incêndio.
Para conter o fogo, os bombeiros precisaram utilizar 9 mil litros de água, durante duas horas. Após apagar todos os focos remanescentes que possam reacender as chamas, foi solicitado o apoio da Energisa para fazer o corte no fornecimento de energia no local.
A Polícia Militar do Acre (PM-AC) também foi acionada para fazer a segurança das tendas e evitar que vândalos saqueassem as mercadorias que restaram.
O perito criminal da Polícia Civil do Acre, Eliaquim Dutra, esclareceu que ainda é muito cedo para dar um diagnóstico preciso sobre o que ocorreu no mercado do peixe e declara que o incêndio criminoso, é de interesse da polícia.
“Vamos analisar os primeiros vestígios, quando os bombeiros chegaram aqui e as informações na madrugada. Pela manhã a gente veio ver se a gente consegue descobrir as causas do incêndio e a origem dele também, a maneira de propagação e a gente faz o levantamento também do tamanho da extensão que as chamas chegaram a alcançar. A gente vai trabalhar em parceria com os bombeiros na elaboração dos relatórios para tentar descobrir as causas e a extensão aqui dos danos causados pelo incêndio. Ainda é prematuro para fazer qualquer diagnóstico, porque a gente tem que verificar as evidências coletadas, tanto no local como com as testemunhas que vão ser ouvidas depois pela autoridade policial”, informa Dutra.
O proprietário de uma das barracas atingidas, Willis Rocha, afirma que soube do incêndio quando estava em casa e recebeu o telefonema do irmão, por volta da 1h30 da madrugada. “É uma situação lamentável. A gente sabe que uma situação dessas pode ocorrer, né? Um incêndio criminoso, ou fiação, a gente não sabe o que aconteceu. Só sabe que saiu o estrago, o prejuízo. Muitas famílias dependem desse local, desse trabalho. Mas, enfim, é agradecer a Deus por saúde, pedir a ele saúde, pra gente continuar”, aponta ele.
Antônia Rodrigues, outra proprietária de barraca no mercado, ressalta a tristeza de ver sua barraca após ser consumida pelo fogo e diz que seu prejuízo foi de pelo menos R$ 100 mil. “É triste né, mas infelizmente não pode fazer nada, até porque isso aqui, nós tiramos nosso pão de cada dia. A gente investiu nosso dinheiro todo aí, nesses produtos que tinha aí, e ficamos sem nada. O fogo levou tudo. O problema é que não é só eu, tem todo esse pessoal, agora vamos precisar recomeçar do zero”, comenta ela.
O vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso, salientou que será feito um levantamento de todos os danos e prejuízos aos comerciantes. Além disto, foi registrado um boletim de ocorrência.
“Pela dinâmica, acredita-se que tenha sido algo intencional, criminoso mesmo. Isso vai ser feito todo um trabalho de apuração, o que eu tenho dito, é que se foi um incêndio criminoso tem que ser punido no rigor da lei, mas tem que apurar, e essa apuração vai ser feita em um laudo também com certeza do Corpo de Bombeiros”, explica.