Desde o último domingo (15), uma equipe do Ministério da Saúde está em Cruzeiro do Sul, no Acre, para avaliar os impactos da crise hídrica que tem afetado a região e suas comunidades. Liderada por Marco Horta, coordenador da Sala Nacional de Situação das Emergências Climáticas, a missão tem como objetivo realizar um diagnóstico completo das áreas afetadas, especialmente as comunidades ribeirinhas e indígenas que já enfrentam sérios problemas de acesso aos serviços de saúde devido à baixa navegabilidade dos rios.
A equipe, que já percorreu várias localidades desde o início da semana, está em contato direto com as autoridades de saúde e realizando visitas às regiões mais críticas. Segundo Marco Horta, a situação é grave em áreas onde o transporte por rios tornou-se inviável, deixando as comunidades isoladas e sem acesso a cuidados médicos.
“Já identificamos as áreas prioritárias, onde o acesso à saúde foi completamente interrompido pela seca dos rios. Essas comunidades, incluindo ribeirinhas e indígenas, estão desassistidas, e nosso objetivo é elaborar um relatório completo para o Ministério da Saúde, que deflagrará as ações necessárias”, afirmou Horta.
A principal estratégia do Ministério da Saúde, após o diagnóstico, será o envio da Força Nacional do SUS para as áreas afetadas. Esta equipe especializada já atuou em emergências anteriores, como nas inundações no Rio Grande do Sul, e será mobilizada para garantir o suporte de saúde à população do Acre.
O coordenador ainda destacou que a missão inclui a avaliação de necessidades urgentes, como medicamentos, vacinas e outros insumos de saúde. “Estamos em constante diálogo com o secretário de saúde para levantar as principais demandas dos municípios. Hoje, tentamos visitar aldeias indígenas em Marechal Thaumaturgo, mas a fumaça baixa dificultou o voo. No entanto, estamos comprometidos em garantir que essas comunidades também recebam o suporte necessário”, concluiu Horta.
A partir desse diagnóstico inicial, o Ministério da Saúde pretende implementar medidas concretas para mitigar os efeitos da crise hídrica e garantir que as populações afetadas tenham acesso aos cuidados de saúde essenciais.
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