Na última semana, foi divulgado o Boletim Epidemiológico das Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), referente a semana 36, onde foram apresentados 436 casos de oropouche desde o início do ano até o mês de setembro de 2024.
Neste ano, a Sesacre testou 1.921 amostras e confirmou apenas 1 morte pela doença, a de um recém-nascido, infectado ainda na barriga da mãe e diagnosticado com microcefalia.
Em comparação ao ano de 2023, os números revelam um aumento de 626% se comparado com os casos registrados no ano anterior, quando foram confirmados apenas 60 casos.
Ainda segundo o boletim, somente um município do estado não notificou casos da doença, que foi a cidade de Santa Rosa do Purus.
A febre oropouche é transmitida, principalmente, pelo Culicoides paraenses, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Mas, apesar de ser o principal vetor, não maruim não é o único.
De acordo com a Revista Veja, em regiões urbanas, o Culex quinquefasciatus, o pernilongo visto comumente em residências, também é um dos vetores. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
O tratamento da febre oropouche consiste no uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos graves da febre de Oropouche, pode ser necessária uma terapia antiviral que utiliza um fármaco chamado ribavirina.