Cerca de 10 mil pessoas que vivem em comunidades rurais, na região da BR-364, em Cruzeiro do Sul estão enfrentando uma grave crise hídrica devido à prolongada estiagem. A falta de água, que afeta não apenas o consumo humano, mas também a produção agrícola, tem gerado grande preocupação entre os moradores da zona rural.
O secretário de Agricultura de Cruzeiro do Sul, Eutimar Sombra, em entrevista ao portal Juruá24Horas, relatou o impacto da seca prolongada. “A situação é crítica. A falta de água está atingindo diretamente a saúde das pessoas e a qualidade alimentar das famílias. As plantações estão morrendo, o que afeta a subsistência dos produtores rurais. Sem água, o café, a mandioca para a produção de farinha, e outras culturas estão sendo perdidas”, destacou o secretário.
Além disso, a seca também comprometeu os igarapés, que antes eram fontes de água para muitas famílias. “Os igarapés secaram, os peixes morreram, e o pouco de água que resta é impróprio para o consumo. Estamos enviando caminhões-pipa para algumas regiões, mas ainda é insuficiente. Muitas famílias não têm nem mesmo recipientes adequados para armazenar a água que recebem”, acrescentou Sombra.
A produção de farinha também foi afetada, já que a água é essencial no processo de fabricação. “Sem água, os produtores não conseguem produzir farinha, um dos principais produtos de sustento das famílias da zona rural. Além disso, o gado está sofrendo. Sem água e alimentação adequada, muitos produtores estão enfrentando dificuldades para manter os animais e até para vendê-los, já que o gado está magro”, explicou o secretário.
A Secretaria de Agricultura tem visitado os ramais para monitorar a situação e tentar levar soluções emergenciais. No entanto, Eutimar Sombra alerta que a crise pode se agravar se não houver medidas rápidas para amenizar o impacto da estiagem. “Estamos fazendo o possível, mas a seca prolongada está nos colocando em uma situação extremamente delicada. Agradecemos o apoio do Ministério da Saúde, que está colaborando para encontrar soluções urgentes”, finalizou.
- Fonte: Juruá24horas.