A cena política em Mâncio Lima, no Acre, está agitada com a recente decisão do Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro de proibir alianças com partidos de esquerda nas eleições municipais deste ano. Essa deliberação deve impactar diretamente a candidatura de Chicão (MDB), que pode perder o apoio dos bolsonaristas devido a uma aliança controversa.
Chicão, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), estava formando uma coalizão que inclui partidos de extrema direita, centro e extrema esquerda, unidos contra o pré-candidato do atual prefeito Isac Lima, o Zé Luiz, ambos do Partido Progressista (PP), que é o principal aliado do PL no âmbito nacional.
A direção nacional do PL, sob a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinou que a sigla não se coligue com partidos de esquerda em nenhum município do país. Essa orientação foi reforçada por uma nota do PL Mulher, comandado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que incentiva filiados e simpatizantes a denunciarem qualquer aliança com partidos de esquerda.
Entretanto, no Acre, a situação é complexa. Apesar de pertencer ao União Brasil, o partido no estado é politicamente liderado pelo senador Márcio Bittar. O presidente estadual do União Brasil é Edson Bittar, irmão de criação do senador. Edson Bittar foi procurado pela reportagem do ac24horas para comentar sobre as alianças que contrariam a orientação da executiva nacional, mas até o momento não se posicionou.
A disputa em Mâncio Lima promete ser acirrada, e a indefinição sobre o apoio do PL a Chicão pode ser um fator decisivo no cenário político local. A orientação nacional do PL e a reação dos eleitores bolsonaristas são elementos cruciais que podem moldar os resultados das eleições municipais na cidade.