Um estudo encomendado pelo governo federal que detalhou os projetos que deverão ser contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), revelou que 17 municípios do Acre são sucetíveis a desastres ambientais como deslizamentos, enxurradas e inundações.
São eles: Assis Brasil, Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Porto Acre, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Senador Guiomard, Tarauacá, e Xapuri.
Os municípios do Acre aparecem em uma lista de 1.942, que deverão receber prioridade nas ações da União em gestão de risco e de desastres naturais.
Pelo menos 74.347 acreanos estão em situação de alto risco. Com os dados mais recentes, atualizados até 2022, os estados com a maior proporção da população vivendo em áreas de risco são: Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Por outro lado, as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são: Distrito Federal (0,1%), Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).
Situação de emergência
Em fevereiro, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência em 17 cidades do estado atingidas por inundações, seja de rios ou igarapé. A medida aconteceu poucos dias depois de Cameli decretar situação de emergência por conta das chuvas intensas no Acre.
Recorde de desastres
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CMN) revelam que, de 2013 a 2022, o estado acreano contabilizou 154 desastres naturais.
Considera-se desastre natural, aquele causado por fenômenos e desequilíbrios da natureza, e que acontecem independentemente da ação humana. Em geral, podem ou não ser agravados pela atividade humana.
A análise da CNM se baseou no total de decretos municipais expedidos pelas prefeituras entre esses anos. Os dados apontam que 93% dos municípios brasileiros foram atingidos por algum desastre natural que levou ao estado de emergência ou calamidade pública, em especial por conta de tempestades, secas, inundações e enxurradas entre 2023 e 2022.