A Universidade Federal do Acre (Ufac) foi palco da XI Jornada Internacional do Teatro do Oprimido e Universidade (XI Jitou), um evento contemplado pelo edital CAPES PAEP/2023. O evento, coordenado pelo professor da Ufac, Flavio da Conceição, fundador do Grupo de Estudos em Teatro do Oprimido (GESTO), teve como foco o debate sobre as pedagogias da floresta.
O GESTO, que nasceu na Unirio em 2012 e tornou-se um grupo oficial do CNPq em 2017, tem como objetivo entender como o Teatro do Oprimido é afetado pelo conhecimento das comunidades tradicionais, ribeirinhas, indígenas, dos povos da floresta e das plantas que, há milênios, reconhecem como professoras.
A XI Jitou contou com a participação de pesquisadores do Chile, da Guatemala, do México, da Bolívia e da Inglaterra, que puderam desenvolver vivências tradicionais voltadas à percepção de realidades amazônicas, sua estética e linguagem. Além disso, foram realizadas oficinas, espetáculos e lançamentos de livros, todos voltados para a valorização e compreensão das culturas e sabedorias dos povos da floresta.
A professora Maria Betânia Albuquerque, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), ministrou uma palestra sobre o tema: “Aprender com as plantas no antropoceno: em busca de uma pedagogia da floresta”, destacando que os seres humanos aprendem com a natureza e todos os seres vivos.
Das Jitou surge a Frente Norte das Resistências, que reúne professores das universidades do Norte do Brasil. A perspectiva agora é que a próxima Jitou ocorra no Amazonas, em 2026.
As Jornadas Internacionais do Teatro do Oprimido e Universidade são um espaço aberto a manifestações, performances, shows e espetáculos que se traduzem em aulas sobre temas diversos, trazendo à cena o resultado de experiências aplicadas em programas de ensino, pesquisa e extensão de diversas universidades, do Brasil e do mundo.