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Separado da família há 30 anos, baiano que mora no Acre reencontra parentes graças ao Serviço Social do Hospital do Idoso

Morador de Acrelândia, interior do Acre, Gilberto Lima, de 76 anos, reencontrou a família, que não via há cerca de 30 anos, no último fim de semana, após viajar para Ilhéus, na Bahia. O feito se deu graças ao trabalho realizado pelo Serviço Social do Hospital do Idoso, localizado na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, onde ele esteve internado entre dezembro de 2023 e abril de 2024.

Conforme os registros do hospital, Gilberto chegou sem acompanhante, com um quadro de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e nunca recebeu visita de familiares. Ao averiguar o caso, o Serviço Social apurou que os familiares, por outro lado, pensavam que Gilberto poderia ter falecido, embora nunca tenham desistido de procurá-lo.

Mesmo recebendo alta médica no dia 30 de janeiro, o paciente relatou à equipe do hospital que não queria ir embora, pois já estava familiarizado com os novos amigos que fez no hospital e era bem cuidado pela equipe da unidade. No entanto, devido aos riscos à sua saúde com uma exposição prolongada ao ambiente hospitalar, o Serviço Social do hospital, com apoio da equipe multiprofissional – composta por terapeuta ocupacional, psicóloga, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros -, intensificou a busca de um lar para ele. Por meio da investigação realizada pela equipe, uma irmã do idoso foi localizada e logo começou uma força-tarefa para promover o reencontro.

“Ao longo da internação, a equipe estabeleceu um vínculo com o senhor Gilberto. A equipe realizou uma série de atividades com ele, como jogos. Ele chegou até a comemorar seus 76 anos na unidade. Toda a equipe do Hospital do Idoso está muito feliz com esse reencontro com a família”, conta a assistente social Jamaika Negreiros, que acompanhou o caso ao lado da colega Margarete Lazzare.

O embarque de Gilberto se deu na madrugada do último sábado, 20, na companhia de um amigo. Antes de partir, disse: “Estou triste, porque vou deixar essas meninas maravilhosas que cuidaram tão bem de mim, mas tô feliz porque vou reencontrar meus irmãos”.

  • Agência de Notícias do Acre