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Funcionários do X no Brasil foram informados que seriam presos, diz Musk

O dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, afirmou na noite de 2ª feira (8.abr.2024) que funcionários da rede social no Brasil foram informados de que seriam presos. “Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump [extração] completo de dados”, disse na plataforma.

O empresário deu as declarações em resposta a uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). No post, o congressista pede que Musk “dê mais informações” sobre a alegação feita pelo bilionário de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes tem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na coleira” e que “colocou o dedo na balança” para eleger o petista.

“Como integrante do Congresso brasileiro e representando milhões de pessoas, peço que nos dê mais informações. Isto será crucial para o futuro do nosso país, Elon Musk”, afirmou Nikolas.

Leia abaixo a interação completa: 

O Poder360 procurou a PF (Polícia Federal) por e-mail e por mensagem de WhatsApp na noite de 2ª feira (8.abr) para questionar sobre a alegação de Musk e obter o posicionamento oficial da corporação. Entretanto, não obteve resposta até a publicação deste post. O espaço segue aberto para manifestação.

ESCALADA DO TOM

Musk voltou a criticar Moraes em uma sequência de tweets na noite desta 2ª feira (8.abr). O bilionário disse que o ministro se tornou “o ditador do Brasil” porque colocou Lula “em uma coleira” e que Moraes “deve ser julgado por seus crimes”.

“Como @alexandre [Alexandre de Moraes] se tornou o ditador do Brasil? Ele tem Lula na coleira”, escreveu.

O dono do X ainda afirmou que o ministro do STF “tirou Lula da prisão” e “colocou o seu dedo na balança para eleger” o presidente. “A próxima eleição será fundamental”, disse.

Em outro tweet, Musk disse que Moraes “é o ditador (obviamente) não eleito do Brasil”.

MUSK X MORAES

Alexandre de Moraes determinou no domingo (7.abr) a inclusão do dono do X como investigado no inquérito das milícias digitais, protocolado em julho de 2021 e que investiga grupos por condutas contra a democracia.

O ministro também abriu um novo inquérito para apurar a conduta de Elon Musk. O magistrado quer que se investigue o crime de obstrução à Justiça, “inclusive em organização criminosa e em incitação ao crime”.

No sábado (6.abr), Elon Musk perguntou por que o ministro Alexandre de Moraes “exige tanta censura no Brasil”. O empresário respondeu uma publicação do ministro no X de 11 de janeiro.

O comentário de Musk veio na sequência de acusações feitas pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger na 4ª feira (3.abr). Segundo Shellenberger, o ministro tem “liderado um caso de ampla repressão da liberdade de expressão no Brasil”.

Os comentários críticos escalaram o tom e Musk disse que pensa em fechar o Twitter no Brasil e que divulgará as exigências de Moraes que violam leis. Ele também chamou o ministro de “tirano”, “totalitário” e “draconiano”, dizendo que ele deveria “renunciar ou sofrer um impeachment”.