“O governo do Acre, que trabalha para cuidar da vida das pessoas, entende que esses cidadãos necessitam de assistência e de oportunidades”, disse Wilsilene Gadelha, secretária adjunta da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), na abertura da oficina sobre a política pública estadual destinada à população em situação de rua, realizada no auditório da Fundação Elias Mansur (FEM), nesta quarta-feira, 17, e quinta, 18, em Cruzeiro do Sul.
A iniciativa visa fortalecer a garantia dos direitos básicos, elaborar um plano estadual, um relatório e um diagnóstico situacional, além de tratar da implementação de uma cozinha comunitária em Cruzeiro do Sul e da adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) para beneficiar essa população.
A execução da política conta com o apoio das secretarias de Estado de Governo (Segov), de Saúde (Sesacre), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de Turismo e Empreendedorismo (Sete) e de Obras Públicas (Seop), bem como da Fundação Elias Mansur (FEM) e do Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), além da parceria da gestão municipal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública do Estado (DPE) e da Associação dos Municípios do Acre (Amac).
“Este momento representa um desdobramento da audiência pública promovida recentemente pela Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, em que tivemos a oportunidade de conhecer as ações do Executivo estadual e municipal voltadas à promoção e ao fortalecimento de políticas que atendam aos anseios das pessoas em situação de rua. Trata-se de uma força-tarefa que reúne inúmeras ações de enfrentamento à problemática”, ratificou Wilsilene Gadelha.
O chefe da Divisão da Política de Promoção dos Direitos Humanos à População em Situação de Rua da SEASDH, Álvaro Mendes, afirmou que o encontro deve realinhar os serviços ofertados pelo Município, Estado e União, e terá como fruto a elaboração de um plano municipal. “Estamos replicando o plano estadual para a população em situação de rua, que foi construído com a colaboração dessas pessoas e instituído para atender suas necessidades, minimizando a situação de vulnerabilidade social em que se encontram”, explicou.
A oficina abordou temas como vulnerabilidade social, estratégias de abordagem e acesso aos serviços. “A intenção é de que seja criado um fluxo de serviços em rede, sem discriminar a população em situação de rua e que se busque servi-la no território em que se encontra”, enfatiza Álvaro Mendes.
De acordo com levantamentos, cerca de cem moradores de Cruzeiro do Sul fazem uso exagerado de álcool e outras drogas, vivem expostos à violência, a doenças, ao convívio com animais, à falta de higiene, de alimentação e de outros direitos básicos. “Somente com união vamos alcançar o nosso objetivo, que é proporcionar a essas pessoas que retornem aos seus lares tratadas e vivendo de forma digna”, enfatizou Rosa Maria Lima, secretaria adjunta de Assistência Social de Cruzeiro do Sul.
Também estiveram presentes no encontro a presidente da Fazenda Esperança Casa Terapêutica, Beatriz Cameli; o coordenador da Casa Terapêutica Reviver, Elians Monteiro; a defensora pública Cláudia Aguirre e autoridades da região.