Uma auxiliar de ônibus escolar foi presa no Colorado, nos Estados Unidos, por suspeita de ter abusado fisicamente de três crianças com autismo severo. Ao menos um dos casos teria sido registrado em vídeo, segundo o escritório de advocacia que representa as famílias. A notícia foi divulgada nesta quinta-feira pelo jornal americano ABC News.
Os alunos sofreram “abuso físico e mental extremo” por seis meses enquanto estavam num ônibus para estudantes com necessidades especiais da Escola Pública de Littleton. Todas as três crianças são não verbais e, portanto, não conseguiram denunciar o abuso, publicou o escritório de advocacia Rathod Mohamedbhai em nota à imprensa.
Identificada como Kiarra Jones, de 29 anos, a mulher enfrenta acusações de agressão grave por crimes contra criança em risco. Ela teria submetido os menores a “um abuso inimaginável”.
Os pais das crianças afirmaram que, desde setembro de 2023, seus filhos apresentaram “mudanças significativas no comportamento”. Eles também notaram lesões físicas nos menores, incluindo arranhões inexplicáveis, hematomas, um dente perdido e até um dedo do pé quebrado, além de um olho roxo e outros machucados profundos.
Os responsáveis, então, entraram em contato com a escola. A instituição acionou o distrito escolar, que, segundo a advogada das famílias, “falhou completamente”. O escritório de advocacia pontuou que nenhum monitoramento foi feito, de modo que a auxiliar do ônibus foi encorajada a continuar cometendo os abusos.
“Foi determinado que mais de um estudante autista não verbal foi agredido pela suspeita em um ônibus escolar em movimento a caminho da escola”, disse o Departamento de Polícia de Englewood em comunicado na terça-feira. “Também foi determinado que a suspeita era a profissional designada para as vítimas”, continuou a nota.
Kiarra foi presa em 4 de abril após um vídeo gravado em março, que foi divulgado pelo escritório de advocacia nesta terça-feira, supostamente mostrar ela “batendo, socando e pisoteando repetidamente em um menino frágil de 10 anos”. Ela foi acusada na manhã de 5 de abril e liberada sob fiança de US$ 5 mil (R$ 25,4 mil).
A funcionária foi demitida no mesmo dia em que foi presa, disse Todd Lambert, superintendente do distrito, em carta enviada à comunidade escolar. Kiarra foi contratada em agosto de 2023 “após passar por uma verificação de antecedentes rigorosa”. Ela “teve acesso muito limitado aos estudantes durante seu emprego”.
“Esse tipo de comportamento não pode e não é tolerado”, escreveu Lambert. “Como pais, vocês confiam a nós o bem-estar de seus filhos e nunca deveriam ter que se preocupar com eles sendo prejudicados quando estão sob nosso cuidado.”
Veja o vídeo na reportagem do Extra
Jornal Extra