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Milhares de pessoas protestam na Colômbia contra reformas de Petro

Milhares de pessoas protestaram nessa quarta-feira nas principais cidades da Colômbia contra as reformas políticas, econômicas e sociais que o presidente Gustavo Petro promove no Congresso. As novas manifestações, convocadas pela oposição, questionam a deterioração da situação de segurança no país.

Economista de 63 anos, Petro que assumiu o primeiro mandato da esquerda da história do país, prometeu implementar ambiciosos programas sociais para reduzir a pobreza e a desigualdade. Ele pretende também para buscar “paz total” que encerre o conflito armado de seis décadas que deixou pelo menos 450 mil pessoas mortas.

Alguns manifestantes em Bogotá gritaram “Chega de Petro” e “Fora Petro”. Eles agitaram bandeiras da Colômbia, exibiram faixas contra o presidente e tocaram vuvuzelas e apitos.

“São reformas nefastas que levarão a Colômbia a um buraco, por isso que estamos aqui”, disse à Reuters o parlamentar da oposição Miguel Polo Polo.

Os protestos, pacíficos e sem atos de vandalismo, também se estenderam às cidades de Medellín e Cali, principalmente, onde cerca de 52 mil pessoas compareceram até o meio-dia, segundo a estimativas da Polícia Nacional.

O presidente não tem maioria sólida no Congresso depois que a coalizão de partidos de esquerda, centro e até direita que o apoiavam se desfez em abril do ano passado, o que dificultará a aprovação das iniciativas, segundo analistas.

“Sempre haverá forças que, por terem privilégios, não querem perdê-los”, disse Petro, que defende insistentemente as reformas, argumentando que elas buscam beneficiar os mais pobres, em evento do governo em Bogotá.