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Forças israelenses dizem ter atingido 200 alvos do Hamas em Gaza

As Forças de Defesa de Israel afirmam ter atingido, nas últimas horas, cerca de 200 alvos do Hamas em Gaza.Os alvos, segundo o Exército, incluíram infraestruturas do movimento radical palestino no norte da Faixa de Gaza. A Brigada Negev teria visado instalações do Hamas numa escola de Beit Hanoun, entre elas supostos poços de entrada para túneis.

Também teriam sido atingidos, ainda de acordo com o Tsahal (as forças de Defesa) veículos com foguetes, granadas e outros equipamentos de combate.

Sul de Gaza

As atenções das forças israelenses voltam-se agora para o sul de Gaza. O chefe do Estado-Maior do Exército, Herzl Halevi, disse que o Tsahal combateu “forte e profundamente no norte da Faixa de Gaza”. “Estamos também a fazê-lo no sul”, afirmou.

Residentes em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, descrevem esse domingo (3) como o mais duro desde o início da contraofensiva israelense, dada a intensidade dos bombardeios das forças israelenses.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) classifica o Hospital Al-Nasser, em Khan Younis, como “zona de guerra”.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, reafirmou o direito de Israel de se defender, mas disse que as mortes de civis “vão conduzi-los para os braços do inimigo.

Os ataques do Hamas a civis israelenses estão entre os crimes internacionais mais graves, disse um procurador do Tribunal Penal Internacional, após reunião com o fórum das famílias dos reféns. O procurador apelou à libertação incondicional dos civis cativos do Hamas e pediu ao movimento radical palestino e a Israel respeito pelo direito internacional.

O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jorge Moreira da Silva, está preocupado com a falta de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Ele afirmou à RTP, durante a COP28 – a Conferência da ONU Alterações Climáticas – em Dubai, que o território está em situação limite.

Unicef

James Elder, porta-voz do Unicef, manifestou preocupação com o impacto dos ataques israelenses no sul de Gaza.

“Tem havido uma mensagem verdadeiramente forte, a partir dos mais altos níveis, de que o que aconteceu no norte, o horror que as pessoas sofreram, não pode acontecer no sul. Bem, é esse o caso”, afirmou Elder, citado na edição online da BBC.

“Quando se é deslocado três ou quatro vezes debaixo de bombardeios, fatigados, exaustos, tentando se segurar pelas crianças – não se têm para onde ir”, prosseguiu o porta-voz, acrescentando que “ninguém se sente seguro” no território palestino.