O Acre registrou um total de 49 casos de estupro nos seis primeiros meses de 2023, segundo dados repassados pela Polícia Civil. Os números alarmantes revelam um grave problema social que afeta a segurança, especialmente, de mulheres e crianças acreanas.
Do total de casos, 32 casos foram enquadrados no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, que trata do crime de estupro. Esses registros englobam situações em que ocorreu a conjunção carnal ou ato libidinoso sem o consentimento da vítima.
Já os outros 17 casos foram enquadrados como estupro de vulnerável. Essa tipificação se aplica quando a vítima é menor de 14 anos, mesmo que o ato não envolva a conjunção carnal.
A ocorrência desses 49 estupros em apenas seis meses é um sinal preocupante da violência sexual que permeia o estado do Acre.
Dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no ano passado, apontam que o número de estupros no Acre aumentou 88% entre os anos de 2020 e 2021, primeiros anos de pandemia do novo coronavírus. Isso levando em conta o levantamento de estupro e estupro de vulnerável (vítima menor de 14 anos).
Ao todo, 308 pessoas foram vítimas de estupro no estado acreano em 2020 e em 2021 o número subiu para 587. Com isso, a taxa desse crime foi de 64,7 para cada 100 mil habitantes.
Com relação a vítimas mulheres e menores de 14 anos, os casos de estupro de vulnerável mais que dobraram no mesmo período. De acordo com o anuário, em 2020 um total de 195 meninas foram estupradas e no ano seguinte foram 451. No que diz respeito a vítimas adultas, o número de casas aumentou 15,2% no mesmo período, subindo de 107 mulheres estupradas para 125 em 2021. A taxa de meninas e mulheres vítimas de estupro foi de 127 para cada 100 mil habitantes.