A queda do Real Madrid na semifinal da Liga dos Campeões para o Manchester City abre o caminho para a CBF avançar na negociação com o técnico Carlo Ancelotti para ele assumir a seleção brasileira.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já não esconde que o italiano é a prioridade para substituir Tite e planeja em intensificar as conversas nos próximos dias. A entidade primeiro quer dar um tempo para o técnico esfriar a cabeça após os 4 a 0 sofridos na última quarta-feira.
Embora Ancelotti tenha dado diversas entrevistas falando que ficará no Real Madrid, clube com o qual tem contrato até o meio de 2024, Ednaldo decidiu esperar por ele por ter recebido informações de que o italiano estaria disposto a assumir a Seleção.
Interlocutores já estreitaram a relação entre as partes envolvidas desde antes mesmo da Copa do Mundo do Catar. As conversas permanecem à distância entre Ednaldo, Florentino Pérez, presidente do Real, e emissários do próprio Ancelotti. Negociações formais, por sua vez, dependem da conclusão dos desafios esportivos do Real Madrid na temporada, como deixou claro o dirigente:
– Eu procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser pacientes e aguardar o tempo certo para fazermos uma conversa, uma reunião. E isso participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente. A partir do momento que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar preparados para o que pode ser um sim ou um não. A partir dali que vamos ter um plano B –afirmou o presidente da CBF, ao canal “Bein Sports”.
O Brasil voltará a campo em junho, para amistosos em Portugal e Espanha. A tendência é que os adversários sejam Guiné e Senegal, dias 17 e 20, e Ramon Menezes pode mais uma vez comandar a Seleção de forma interina – em março, foi ele o técnico na derrota por 2 a 1 para Marrocos.
Neste momento, Ramon prepara a Seleção Sub-20 para o Mundial da categoria, que será disputado na Argentina. A final do torneio é em 11 de junho, um dia antes do início da data Fifa. Caso escolhido para ser o técnico interino novamente, ele provavelmente teria de realizar a convocação em meio ao torneio de juniores.
O Brasil está sem técnico desde o dia 9 de dezembro, quando perdeu para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, e Tite deixou claro que não continuaria no comando. A rescisão oficial foi assinada no dia 17 de janeiro.