R$ 1,9 bilhão. Esse é o valor que os acreanos já pagaram em impostos federais, estaduais e municipais apenas em 2023. O cálculo é do Impostômetro, ferramenta de estimativa de tributos criado pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Entre esses impostos estão os de produção e circulação (como o ICMS e o ISS), renda e propriedade (Imposto de Renda, IPTU e IPVA), comércio exterior e outros.
A capital Rio Branco detém a maior fatia da arrecadação, com R$ 76,7 milhões pagos de janeiro até agora. Segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul foi responsável por pouco mais de R$ 8 milhões, seguida por Sena Madureira (R$ 2,7 milhões).
A projeção é que, até o final do ano, os trabalhadores acreanos desembolsem R$ 4,9 bilhões em impostos, 4% a mais que o arrecadado pelo poder público em 2022 (R$ 4,7 bilhões). Naquele ano, o estado ficou entre os três com a menor arrecadação, perdendo apenas para Amapá (R$ 3,8 bilhões) e Roraima (R$ 3,6 bilhões).
Em 2021, os acreanos trabalharam 149 dias apenas para pagar impostos. O dinheiro abocanhado pelos governos federal e estaduais e prefeituras serve para custear a máquina pública, como obras, programas, salários de servidores e pagamentos de dívidas públicas.
Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o Brasil ocupa a 30ª posição entre os países em que os impostos trazem mais bem-estar à sociedade. A conclusão dos pesquisadores é que os brasileiros pagam imposto demais, mas não obtêm o retorno devido.
Fonte: A Gazeta do Acre