Xapuri, terra de grandes personalidades do Acre, completa 118 anos

O município que deu origem a personalidades importantes do Acre e reconhecidas até internacionalmente – como Chico Mendes, Adib Jatene, Armando Nogueira, Francimar Bodão e Jarbas Passarinho – faz aniversário nesta quarta-feira, 22 de março.

Xapuri completa 118 anos de história e luta, se tornando – como diz o seu próprio hino – uma “página viva da história acreana”.

A cidade histórica é considerada o “berço” da Revolução Acreana e o símbolo do Movimento Ambientalista Mundial por conta de Chico Mendes. A residência do seringueiro situada no município ainda é um dos maiores pontos turísticos do Estado.

O município é também reconhecido por promover todos os anos uma das maiores festas religiosas da Região Norte: a procissão de São Sebastião. O padroeiro de Xapuri reúne todo dia 20 de janeiro mais de 20 mil pessoas.

História

Os primeiros habitantes da região foram os índios das tribos dos xapurys (mais numerosa e que originou o nome da cidade), catianas e moneteris. A excursão de Manuel Urbano da Encarnação à foz do rio Xapuri, em 1861, foi o início da colonização da região. As terras, onde atualmente se localiza a cidade, eram de propriedade do cearense Manuel Raimundo, seringalista que chegou à região durante o Ciclo da Borracha. Os seringais da região do atual município de Xapuri eram os mais produtivos do planeta, fazendo com que a região se tornasse a principal referência (em termos sociais, culturais e econômicos) do Acre em outras regiões do país e também do mundo.

Xapuri nasceu em 1883 logo após a fundação de Volta da Empreza (hoje Rio Branco). Os primeiros brasileiros e europeus chegaram à região no primeiro Ciclo da borracha, um período de ocupação descontrolada de terras e extração de recursos florestais. A vila de Xapuri no Acre se tornou um dos principais postos de comércio de borracha, e a região era um importante produtor da mesma e Castanha do Acre. Até a Revolução Acreana, de 1899 a 1903, o Acre fazia parte da Bolívia, embora a maioria dos novos colonos fossem brasileiros. Na época da Guerra do Acre, os bolivianos chamavam o local de Mariscal Sucre.