Há mais de um ano, o cotidiano de Ajucilene da Silva é marcado por dores e sangramentos causados por enfermidade no útero. O problema afetou sua vida social e familiar. “Eu e meus filhos passamos a viver somente em casa. Não há vida social em função dos transtornos”, relatou.
Minutos antes do procedimento de retirada do útero, realizado nesta terça-feira, 31, na Maternidade de Cruzeiro do Sul, Ajucilene celebrou a assistência que põe fim aos longos dias de angústia. “Depois de tanto sofrimento, chegou um dos dias mais aguardados da minha vida”, afirmou.
A espera de Eva da Costa pela retirada de um nódulo vaginal durou apenas quatro meses. A partir desta terça-feira, 31, seu nome não constará mais nas filas de espera. “São quase três anos convivendo com sangramentos que incomodam e me constrangem. Tenho esperança de levar uma vida normal a partir de agora”, disse.
Com a ação, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), realizou quase 500 procedimentos ginecológicos no Vale do Juruá. A meta da administração estadual é zerar a fila de espera até meados de julho.
“Levar assistência médica de qualidade até essas mulheres é uma determinação do governador Gladson Cameli e do gestor da Sesacre, Pedro Pascoal. Com o mutirão, aliviamos dores e damos um importante passo no projeto de humanizar a Saúde”, observou a secretária adjunta de Atenção à Saúde do Acre, Ana Cristina Moraes da Silva.
Na Maternidade de Cruzeiro do Sul, os procedimentos de histerectomia vaginal e total, laqueadura, laparotomia, retirada de nódulos vaginais, curetagem semiótica, exérese de cisto e cauterização são ofertados durante as terças-feiras e sábados.
“É muito gratificante prestar assistência a essas mulheres, semanalmente. Temos nos esforçado e dedicado bastante para que as pacientes saiam daqui com um sorriso no rosto”, enfatizou o gerente-geral da unidade, José Ítalo de Almeida.
- Por Eliel Mesquita, da Agência de Notícias do Acre.