Desde que foram identificados os primeiros focos, o Instituto de Defesa Agropecuária do Acre (Idaf) tem atuado com várias ações no combate e erradicação da monilíase (praga do cacau e do cupuaçu, com grande poder destrutivo), no Vale do Juruá.
De acordo com os dados do Instituto, 2.742 árvores, entre cacau, cacaí, e cupuaçu foram cortadas nos últimos 15 meses. Também foram recolhidos 18.671 frutos doentes e periféricos, coletados em 960 propriedades, entre os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Guajará Mirim (AM).
Neste período, desde que o primeiro caso da doença foi identificado em Cruzeiro do Sul, foram realizadas ações para extinguir o fungo, que poderia afetar diretamente a economia do estado, uma vez que os produtos da região poderiam ter a exportação negada.
“Se começa a sair essa praga do Acre, os outros estados, provavelmente, fariam portaria bloqueando a saída de outros produtos vegetais. Até a própria farinha do Juruá poderia ser embargada e proibida de ser comercializada em outros estados, devido ao fungo”, explica o presidente do Idaf, José Francisco Thum.
Ele acrescenta ainda que “um dos grandes problemas foi em Cruzeiro do Sul, porque estavam na área urbana, o que dificultou um pouco. Mas, tivemos toda a colaboração da população, que facilitou o trabalho das equipes. Essa poda que se faz, em no máximo dois anos as árvores estão produzindo novamente”, salientou.
Todos os focos detectados foram erradicados pelas equipes do Idaf, entretanto, como o fungo sobrevive até nove meses no meio ambiente, não se pode afirmar que o Acre esteja livre da monilíase.
“Continua entre dois a três anos fazendo o monitoramento. Além disso, os técnicos do Idaf vão fazer as vitorias em todo o estado. Hoje, o fungo está sob controle no estado”, destacou José Francisco Thum.
- Por Maria Meirelles, do site A Gazeta do Acre.