Pão de massa grossa, massa fina, pão doce ou de chocolate são alguns dos itens que naturalmente se encontra em qualquer padaria. Mas na do padeiro Hudson Pacheco, é o “pão de jacaré” que faz sucesso e que alavancou os negócios do jovem.
“Comecei a fazer pão com 18 anos, ajudando meus tios. Foram eles que me ensinaram tudo o que eu sei hoje. E um deles, eu lembro, fazia o pão no formato de um jacaré. Eu fiquei com aquilo, né? Guardei aquilo que aprendi, mas logo nos afastamos e fui tentar outras coisas”, contou.
Com a crise imposta pela pandemia, o homem, atualmente com 28 anos, viu como oportunidade reviver a profissão da juventude. Foi, então, que ele resolveu abrir um negócio próprio inspirando naquilo que sabia fazer: pão. Para o cardápio, além dos itens tradicionais, a receita aprendida do tio.
Mas, de imediato, pouca gente sabia. O negócio começou pequeno e o item que mais tinha saída no comércio era o pão de cebola. Foi aí que uma amiga da esposa do padeiro resolveu divulgar o trabalho dele em um grupo do bairro, especialmente o pão de jacaré.
Hudson aprendeu a fazer o formato com o tio. — Foto: Matheus Castro/G1
“Uma sobrinha minha me ajudou a abrir a padaria, me deu essa chance. Aí comecei a fazer os pães e pouca gente sabia que eu fazia esse pão no formato de jacaré. Era uma encomenda ali, outra aqui. Foi então que eu mostrei para uma amiga da minha esposa e ela divulgou no grupo aqui do Lírio do Vale. Aí um outro amigo dela veio, pediu para fazer um meme com o pão e eu deixei”, contou.
O efeito foi imediato. Depois da divulgação no grupo do bairro e também na internet, muita gente começou a procurar a padaria de Hudson para encomendar o pão de jacaré. O tio que ensinou o jovem foi um dos que viram o trabalho e ligou para ele. Mas, para dar uma bronca.
“Meu tio é meio ranzinza. Ele botava quente em cima da gente [risos]. Aí fazia quatro anos que a gente não se falava e ele viu na internet o pão. Foi quando ele me ligou e disse: ‘Olha, eu vi o jacaré. Mas, Hudson, esse jacaré tá feio. Vem cá que eu te ensino fazer melhor'”, contou aos risos.
E os recheios são os mais variados possíveis. — Foto: Matheus Castro/G1
Desde a divulgação, o pão é o carro-chefe do negócio. Ao G1, Hudson contou que, antigamente, fazia de dois a três pães por dia. Hoje, a produção aumentou em 100% e ele resolveu expandir os sabores da maravilha.
“Tem muita gente encomendando. Estou fazendo em média de 30 a 40 pães por dia e a procura é muito grande. Resolvi fazer outros sabores também. Tem o doce, o de queijo com presunto, com gergelim, faço também recheado com doce de leite, chocolate. É variado e muita gente também procura sabendo se entregamos, mas ainda não temos motoboy pra fazer esse serviço. Quem sabe em breve”, finalizou o jovem.
Negócio começou há dois meses, como uma alternativa para fugir da crise. — Foto: Matheus Castro/G1
Com informações G1