Em Itacoatiara, vários bairros da cidade estão com as ruas inundadas desde o mês de março. Por conta disso, comerciantes relatam aluguéis atrasados e mercadorias estragam em contato com a água.
O nível do Rio Negro alcançou 30 metros neste sábado (5), ultrapassando em 3 centímetros a cota recorde registrada no ano de 2012. Com isso, Manaus registra a maior cheia da história, desde o início dos registros em 1902.
Na capital, mais de 24 mil famílias foram prejudicadas pela inundação que tem atingido, desde o mês de abril, pelo menos 15 bairros, de acordo com a Defesa. Em diversos pontos, a circulação de pessoas ocorre somente por meio de passarelas.
O centro histórico registra vários pontos de alagamento. A Praça do Relógio e o prédio da Alfândega estão entre os locais mais atingidos.
Desde o fim de maio, nível do Rio Negro atinge Praça do Relógio, Centro Histórico de Manaus — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
A água do rio Negro também invadiu o local onde funcionava a mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna. Como isso, os feirantes foram transferidos para uma balsa.
Comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções para impedir a entrada da água.
O novo recorde da cheia do Rio Negro foi batido no dia 1ª de junho, quando o nível chegou a 29,98 metros, ultrapassando em 1 centímetro o recorde de 2012.
A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) era que o rio chegasse à cota máxima de 30 metros A expectativa é que, agora, o nível do rio comece abaixar.
De acordo com o órgão, abaixo dos 27 metros o nível do rio é considerado em patamar normal.
Centro de Manaus alagado pela cheia do Rio Negro, neste sábado (5) — Foto: Jucélio Paiva/G1 AM
Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência.
Em Parintins, por exemplo, o Rio Amazonas já registra a maior cheia da história. Ruas principais da cidade registram pontos de alagamento. Nas comunidades rurais, produtores contabilizam perdas de safras inteiras por conta da inundação das produções.
Em Manacapuru, na Região Metropolitana, a cheia também é considerada histórica. O Rios Solimões atingiu neste sábado (5), a marca de 20,80 metros, superando o recorde de 2015 em 2 centímetros. O vídeo abaixo mostra ruas completamente alagadas na área urbana da cidade, na quarta-feira (4).
Já em Anamã, a situação é ainda mais crítica. O município, a 165 quilômetros de Manaus, recebeu uma balsa hospital para atender a população depois que a subida do rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura e os atendimentos foram suspensos. São 9.570 pessoas afetadas.
Com informações G1 AM