Aproximadamente 72 mil pessoas, com idade superior a 18 anos, afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência no Acre, seja psicológica, física ou sexual. Esse número equivale a cerca de 12,4% da população acreana, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados do ano de 2019 indicou que cerca de 9 mil vítimas disseram ter deixado de realizar várias de suas atividades habituais por conta da agressão sofrida, representando cerca de 12,9%.
Dentre as pessoas que sofreram algum tipo de violência, 14% foram mulheres e 10,8% foram homens. De acordo com a faixa etária, a maior parte dos casos de violência são contra jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); enquanto, de 30 a 39 anos são (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%).
A população que sofreu algum tipo de violência e que são autodeclaradas pretas representam 20,2% desse público, enquanto que 14,6% brancas e 10,9% são pardas.
Essa mesma tendência ocorreu também com a população com menor rendimento econômico, em comparação com a de maior rendimento. Desse grupo, cerca de 16,2% não tem rendimento ou recebe até 1/4 do salário mínimo, já os outros 11,3% recebem mais de cinco salários mínimos.
A pesquisa destacou, ainda, que 68 mil pessoas, com mais de 18 anos, sofreram agressão psicológica em algum momento; ou seja, 11,5% da população. Por sua vez, 17 mil adultos no Acre sofreram algum tipo de violência física, o que representa 2,8% da população. A pesquisa apontou, ainda, que 25 mil dos acreanos com idade a partir dos 18 anos já sofreram algum tipo de agressão sexual, correspondendo a 4,3% desta população.