Empresário esclarece que apenas participou de tomada de preço, mas não venceu processo de dispensa

O empresário Racene de Melo Cameli, conhecido por “Manu Cameli”, foi um dos empresários que teve que apresentar documentos e dar explicações à Polícia Civil nesta última sexta-feira, 12, durante a operação Pratos Limpos, que investiga a suposta venda de cestas básicas superfaturada para o governo do Estado, por meio da secretaria Estadual de Educação.

O empresário Manu esclarece no entanto que o mesmo apenas forneceu preços de mercadorias a um servidor durante o processo de tomada de preços, mas que não venceu a dispensa e que portanto não chegou a fornecer as cestas básicas ao governo.

“Tempos atrás chegou um servidor perguntando se tínhamos interesse em participar, como é de praxe, já participamos de outros processos de licitação, preenchemos a cotação de preços mediante a atual situação econômica ha qual nosso país estava passando devido à pandemia (indústrias parando, matéria prima faltando e os preços em alta) com um alto risco de desabastecimento. Devolvemos à secretaria de educação, da qual não tivemos mais ligação nenhuma com essa cotação. Nossa empresa não foi a ganhadora. Nossa empresa não recebeu nenhum recuso do governo referente a esse processo de dispensa”, conta.

Com a operação, o nome de Manu, assim como de outros empresários acabou exposto na imprensa, mesmo sem que a empresa tenha de fato fornecido ou recebido valores referente ao processo de dispensa investigado pela polícia civil.

“Temos mais de 25 anos de empresa e sempre tivemos nossos negócios 100% transparentes. Em outras ocasiões fornecemos para governo, prefeitura, exército, empresas particulares, e nunca tivemos problemas que viessem a manchar nossa imagem”, explicou Manu.

O governo comprou um total de 41 mil cestas para o estado sendo apenas 9 mil para Cruzeiro do Sul. O valor gasto em Cruzeiro do Sul foi cerca de pouco mais de R$ 700 mil apenas.