Sem repassar aumentos de combustível, taxistas relatam dificuldades: “É só prejuízo”

Na Praça de Taxi de Cruzeiro do Sul, o clima é de desolação. Pouco serviço e preço cada vez mais alto dos combustíveis.

Foram três aumentos consecutivos no preço da gasolina, mas os taxistas não puderem repassar os aumentos para as corridas, devido à queda na demanda pelo serviço.

A essa dificuldade soma-se ao transporte que ocorre por meio de aplicativos e de número de telefone. Apesar de não haver Uber em Cruzeiro do Sul, há a oferta de serviços similares, mas a maior parte das corridas vem sendo solicitadas por meio de telefone e WhatsApp

.Segundo o taxista Leonilson Bandeira, 60, com a diminuição das corridas, o lucro semanal tem ficado por volta de R$30,00. Segundo Leonilson essa crise já se arrasta por três anos, agravada pela pandemia.

“É só prejuízo. Se ficar desse jeito não terá mais como continuar”.

A respeito do aumento do preço do combustível, Leonildo entende que não há nada a ser feito. Contudo, os taxistas pagam impostos, enquanto os motoristas de aplicativo não recolhem, o que acaba significando uma concorrência desigual entre a categoria. O taxista acredita que o poder público deveria fiscalizar e cobrar impostos do serviço de aplicativos.

A categoria dos taxistas de Cruzeiro do Sul ainda pode contar com as corridas para levar e trazer do aeroporto, onde têm praticamente a exclusividade do serviço. O sinal ruim de internet na região do aeroporto acaba favorecendo os taxistas.