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sexta-feira, novembro 22, 2024

Médico viraliza ao alertar que ivermectina contra covid pode gerar hepatite

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Um post do médico pneumologista Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, viralizou após ele fazer um alerta sobre o uso de ivermectina no combate à covid-19. Ele informou que o remédio pode causar hepatite aguda. Não há nenhuma comprovação científica de que o medicamento tenha eficácia contra o novo coronavírus.

Frederico escreveu que presenciou um caso em que uma jovem precisou fazer transplante de fígado. Ela tomava 18 mg de ivermectina por dia, segundo o médico.

“Me solicitaram avaliação para uma paciente com hepatite medicamentosa. Está a um passo de precisar de um transplante de fígado. Ganha um troféu quem adivinhar qual medicação foi a culpada. Pois é. Hepatite medicamentosa por ivermectina. 18 mg por dia por uma semana. Por Covid leve em jovem”, escreveu ele.

Muito triste ver uma pessoa jovem a ponto de precisar de um transplante por usar uma medicação que não funciona em uma situação que não precisa de remédio algum.
Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia

O post, publicado no dia 6 de fevereiro, teve mais de 90 mil interações, entre retweets, curtidas e comentários. No entanto, o médico sofreu críticas e ofensas e precisou fechar sua conta por alguns dias para não-seguidores.

“Não entendo por que as pessoas se tornam tão agressivas na troca de ideias sobre a pandemia”, lamentou Fernandes, que disse evitar discussões políticas nas redes sociais.

A ivermectina é um vermífugo, portanto deve ser usada para eliminar parasitas do corpo, não para combater uma doença causada por vírus. Não há qualquer estudo que comprove a eficácia dela contra covid-19.

Mesmo assim, o medicamento faz parte do suposto “tratamento precoce” da doença, que já foi divulgado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro(sem partido).

Recentemente a MSD, farmacêutica internacional responsável pela fabricação da ivermectina, confirmou que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do medicamento contra a covid-19.

Fonte: UOL.

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