O crescimento do número de casos de internação por Covid-19 está deixando a Saúde em alerta; uma vez que a disponibilidade de leitos para a demanda por internação de pacientes com Covid-19 ou suspeita está próxima a atingir o limite.
Uma equipe da Sesacre, vinda de Rio Branco, está desde sábado em Cruzeiro do Sul acompanhando de perto essa superlotação do Hospital de Campanha. Segundo André Ramos, técnico da Sesacre que acompanha a situação dos leitos, dos sessenta leitos disponibilizados para a enfermaria Covid, todos já estão ocupados; e trinta novos leitos estão sendo adequados. Caso a demanda continue crescendo, o Hospital Dermatológico também poderá ser adequado para receber pacientes.
“A preocupação da Sesacre é que não sature. Estamos nos adiantando (a um possível agravamento), fazendo visita nas unidades desde a atenção primária; procurando conhecer a taxa de ocupação de leitos e o tempo de permanecia dos pacientes, para que a rede não seja saturada”, disse.
“Conforme a necessidade do serviço, se aumentar a necessidade de internação, não apenas o Hospital Dermatológico, como outras unidades poderão ser disponibilizadas. A rede está pronta para ser assimilada caso haja necessidade”, concluiu.
Falta de médicos
Aparentemente, a rede está pronta para absorver o aumento da demanda, mesmo com o crescimento dos números de casos. Contudo, o déficit de médicos já é um problema atual que poderá se agravar.
“Temos déficit de médicos em todo o Juruá devido alguns estarem de atestado por Covid e outros que pediram desligamento de suas funções. Porém, o atendimento dessas unidades não parou de funcionar, mas ainda está dentro das nossas condições. A Sesacre tem buscado contratações; porém, na nossa regional, todos já têm seus vínculos. Estamos tentando através de extras, mas muitos não têm disponibilidade na carga horária. Estamos tentando trazer médicos de Rio Branco para atender no Juruá”, explicou a coordenadora regional de saúde, Catiana Rodrigues.
Mesmo com a Sesacre conseguindo aumentar o número de leitos disponíveis, a situação pode se tornar dramática pela falta de médicos suficientes para atender. Mais uma vez, o que se espera da população é que o cumprimento das medidas de distanciamento sejam adotadas a fim de evitar um colapso do sistema e cenas chocantes como as que foram observadas em outros estados.
“O que pedimos como gestão é que a população mantenha os cuidados; e o melhor cuidado é ficar em casa para não sobrecarregar o sistema”, pediu a coordenadora.