Os moradores de parte dos bairros Miritizal, Lagoa, Olivença e Estirão do Remanso, em Cruzeiro do Sul, tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso por causa do nível do Rio Juruá.
O manancial marcou 13,23 metros neste domingo (10) e está 23 centímetros acima da cota de transbordo, que é de 13 metros.
Conforme a Defesa Civil Municipal, a partir dos 13 metros, a Defesa Civil e a Energisa, empresa responsável pelo fornecimento de energia no estado, começam a monitorar e avaliar se há necessidade de fazer o desligamento da rede de energia dessas localidades para evitar o risco de acidentes.
A cheia já atinge pelo menos 5 mil famílias de seis bairros e outras três comunidades. Ao todo, cerca de 20 mil pessoas já estão afetadas pela enchente, de acordo com a Defesa Civil. Veja os bairros que estão atingidos:
- Vargem
- Miritizal
- Lagoa
- Cruzeirinho
- Ramal da Boca do Moa
- Olivença
- Comunidade Florianópolis
- Estirão do Remanso
- Comunidade Praia Grande
Com o nível elevado do rio, três famílias ficaram desalojadas e foram levadas para casas de familiares. Ainda não há registro de famílias desabrigadas.
O rio já tinha transbordado no início da semana passada, mas estava em baixa e na sexta-feira (8) apresentava estabilidade, com a cota de 12,87 metros.
“O rio continua subindo e estamos monitorando toda região. Até o momento, não tivemos mais famílias desalojadas. Normalmente, só começamos a ter famílias desabrigadas a partir dos 13,45 metros. Com relação aos abrigos, já está tudo organizado dentro do plano de contingência”, informou o coordenador da Defesa Civil, José Lima.
Plano de contingência reformulado
Por conta da pandemia da Covid-19, o plano de contingência para enchente passou por alterações este ano. Segundo o coordenador, para evitar aglomerações e garantir o distanciamento social, a prefeitura disponibilizou todas as escolas do município para servirem como abrigos para as famílias que vierem a ficar desabrigadas.
Além das escolas, os ginásios também estão à disposição para as instalações das pessoas. Ainda de acordo com Lima, os locais estão preparados, mas a montagem mesmo dos abrigos é só a partir do surgimento das primeiras famílias retiradas de suas casas.
Na última enchente grande, em 2017, a cidade instalou 250 abrigos em três ginásios esportivos. “Este ano, caso o rio continue subindo e venha a desabrigar pessoas, elas serão realocadas em um número bem maior de abrigos, para evitar contaminação pela Covid-19. Todas nossas escolas estão à disposição e também os ginásios.”