Jogador natural de Rodrigues Alves integra seleção brasileira em disputa mundial no Egito

José Luciano Costa da Silva é um dos integrantes da seleção brasileira de Handebol que disputa o mundial no Egito.

A seleção brasileira obteve um empate importante junto à Espanha, favorita do grupo e disputa neste domingo seu segundo jogo, contra a Tunísia.

A disputa pelo título tem enfrentado um adversário a mais: a Covid-19. O goleiro Ferrugem foi diagnosticado com a doença e substituído por Bombom. O mesmo aconteceu com Thiagus Petrus, principal defesa do time. Já no Egito, um terceiro jogador foi diagnosticado: Felipe Borges, deixando apenas Cleber Andrade na ponta esquerda. João Pedro foi improvisado na posição.

José esteve nas seleções de base. Atualmente, joga profissionalmente em Portugal, mas esta é sua primeira vez com a seleção brasileira adulta. Como atleta mais novo, a participação visa também prepará-lo para campeonatos futuros.

De seu hotel no Cairo, José Luciano concedeu áudios, via WhatsApp, em uma breve entrevista ao site O Juruá em Tempo; onde fala sobre a satisfação de estar representando o Brasil no mundial de handebol; suas expectativas, e sobre a importância de mais investimentos nos esportes, como forma de garantir um horizonte de mais oportunidades aos jovens brasileiros.

JT – Como está sendo representar o Brasil nesse mundial?

José Luciano – Tem sido um campeonato muito bom Estou feliz por estar nesse nível, representando o Brasil. Isso é incrível para mim.

JT – Como está sendo disputar um mundial em meio à pandemia?

José Luciano – Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas. O hotel separou uma ala para cada equipe, um elevador para cada equipe, um restaurante para cada equipe, para que as equipes não precisem se cruzar. Fazemos testes todos os dias para monitorar e proteger os atletas.

JT – A prática do handebol te lançou para longe – Portugal, e agora Egito. Que falta para que mais jovens de localidades como Rodrigues Alves possam também alçar voos mais altos?

José Luciano – Foi grande a minha luta para sair da minha cidade e do meu estado. Agora estou jogando em Portugal, ralei muito para chegar. Na minha cidade conheci muitos atletas de alto potencial; no entanto, falta a estrutura necessária. Em Rodrigues Alves há quase nada de investimento em esporte para que a juventude possa sair das ruas e sonhar mais alto. Não tem nada. O esporte me proporcionou isso, sem o esporte eu não sei o que seria de mim hoje. Queria deixar a mensagem para os governantes investirem mais em esporte porque o esporte pode proporcionar muitas coisas. Então, precisamos de um investimento maior no esporte; tanto em Rodrigues Alves, quanto no estado do Acre e mesmo no Brasil. Há necessidade de uma atenção maior, para que todas as crianças e adolescentes possam sonhar mais alto.